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• A DOUTRINA E O SEU DESENVOLVIMENTO

• A DOUTRINA E O SEU DESENVOLVIMENTO

• Os pensadores cristãos, já nos primeiros séculos, começaram a distinguir entre essa instrução que pretendia “tornar conhecida a palavra a respeito de Cristo e o mistério em relação a ele” é essa instrução que pretendia “apontar para os hábitos corretos” (santo Atanásio epístolas festivas II. 3). A distinção, no mínimo em parte, foi sugerida pelo próprio método do novo testamento. Teodoro de Mopsuéstia observou que o apóstolo Paulo, tanto na epístola aos Romanos quanto na aos Efésios, estabeleceu Primeiro os “sermões dogmáticos”, definidos como sermões que contém um relato da vinda de Cristo e indicam as bençãos que ele nos conferiu com sua vinda e, depois, prosseguem com”exortação ética” (Teodoro de Mopsuéstia exposição de Efésios). A grande comissão de Mateus 28.18 também era vista como uma divisão da disciplina cristã em duas partes, “a parte ética e a precisão dos dogmas”, a primeira contida nos mandamentos de Jesus é a segunda na “tradição do batismo” (São Gregório de Nossa, Epístolas). Isso significa que “o método de santidade consiste dessas duas coisas: as doutrinas piedosas e a prática virtuosa” (são Cirilo de jerusalém, palestras catequeticas), nenhuma das quais era aceitável para Deus sem a outra. Ambas as formas de instrução pertencem ao púlpito e aos livros sobre o ensinamento cristão. O manual padrão de doutrina no cristianismo grego, a sobre a fé Ortodoxa, de São João Damasceno(João Damasceno sobre a fé Ortodoxa), discutia não só a trindade e a cristologia, mas também assuntos como medo, raiva e imaginação. Sua contraparte posterior na Igreja latina, sentenças, de Pedro Lombardo, incluí em seu terceiro livro um tratamento das virtudes criadas pela graça.

• É necessário entender que a definição inicial exige especificação mais detalhada. A doutrina cristã é o negócio da Igreja. A história da doutrina não deve ser igualada a história da teologia nem à história do pensamento cristão. Se for, o historiador corre o risco de de exagerar a relevância do pensamento idiossincrático dos teólogos individuais à custa da fé comum da Igreja. As crenças privadas dos teólogos pertencem à história da doutrina, mas não apenas em seus próprios termos. Pois uma das diferenças mais decisivas entre um teólogo e um filósofo é que o primeiro se entende, de acordo de acordo com a frase clássica de Orígenes, como “um homem da Igreja”, um porta-voz para a comunidade cristã (Orígenes homilias sobre Levítico; homilias sobre Josué; homilias sobre Isaías). Um teólogo como Orígenes, mesmo em suas especulações teológicas e em sua polêmica contra algum ensinamento público da Igreja de sua época, sabe sabe que tem de prestar contas ao ao depositário da revelação cristã e à autoridade continua da Igreja. Suas opiniões pessoais devem ser estabelecidas no contexto do desenvolvimento do que a Igreja acredita, ensina e confessa com base na palavra de Deus. Isso, em geral, é difícil e, às vezes, impossível, desenhar uma linha de demarcação entre os ensinamentos da Igreja e as teorias de seus professores; o que os professores pensam muitas vezes reflete um estágio anterior do desenvolvimento ou antecipa um posterior. Contudo, objeto especial de nossa investigação aqui é esse desenvolvimento da doutrina da Igreja.

• A doutrina é o que é ensinado, crido e confessado. A história da doutrina, concentra-se no que é confessado, ou seja, nos dogmas como declarações normativas da crença Cristã adotados pelas várias autoridades eclesiásticas e aplicados como o ensinamento oficial da Igreja. A história do dogma alega prestar atenção no desenvolvimento doutrinário antes ou depois das formulação dessas declarações normativas só por causa da relação desse desenvolvimento com o dogma. Na prática, contudo, as histórias de dogmas tendem a se expandir além das limitações autoimpostas, cuja arbitrariedade ficou especialmente evidente em algumas situações atuais, podemos pensar na qual designada para o estudo: o último ou o mais recente Concílio ou documento pastoral de um assunto em particular da Igreja.

• Esta história, ao relacionar o que é confessado ao que é Crido e ensinado, tenta levar em conta como as doutrinas se desenvolvem. Sem estabelecer limites rígidos, identificaremos o que é Crido como a forma de doutrina Cristã presente nas modalidades de devoção, espiritualidade e adoração, O que é ensinado como o conteúdo da palavra de Deus extraído pela exegese dos testemunhos da Bíblia e transmitido às pessoas da igreja por meio da Proclamação da instrução e da teologia desenvolvida na igreja; e o que é confessado como testemunho da igreja, tanto contra os falsos ensinamentos na igreja quanto contra os ataques de fora dela articulados em polêmicas e em apologéticas e em Credo e em Dogma.

• Os credos e os decretos contra a heresia se acumularão em nossa documentação histórica, exatamente como acontece com as histórias dos dogmas; pois o que a igreja confessa e o que ela crê e ensina — ou, no mínimo, representa parte do que a igreja crê e ensina. Na história do dogma, o que a Igreja crê e ensina à parte de suas declarações normativas de fé é importante como um comentário sobre o credo e o dogma. Nesta história do desenvolvimento da doutrina, o credo e o Dogma são importantes como um índice do que igreja crê, ensina e Confessa. Teremos em alguma extensão, de reler em retrospectiva o que foi confessado, o que de fato foi ensinado e realmente crido; pois, a diferença entre a história e o arqueologismo é que a história tem de ser regressiva, indo do presente para o passado.

• A relação entre crer, ensinar e confessar também envolve que tanto a questão do sujeito quanto a da fonte do material para a história do desenvolvimento da doutrina mudará de forma gradual, mas firme, enquanto a traçamos ao longo da história da igreja. Não se pretende dizer que a doutrina, uma vez formulada, para se desenvolver e fica fixa nem mesmo que o Dogma da Trindade continua perfeitamente estático desde sua adoção e clarificação. Significa que a doutrina, tendo-se desenvolvido a partir do que se acredita e do que foi ensinado e talvez até mesmo do que foi confessado, torna-se gradualmente parte do depósito autorizado da Fé. Para rastrear mais seu desenvolvimento, teremos de procurar mais, embora não exclusivamente, seus expositores profissionais e os teólogos, enquanto eles especulam tanto em sua filosofia quanto em sua mistagogia, enquanto a estudavam e a criticavam, enquanto a usavam para interpretar as próprias Escrituras da qual a doutrina foi fundamentada e enquanto a expandiam e a revisavam. Portanto, em volumes posteriores dessa história, a história da doutrina passará para a história da teologia, mas nunca se tornará a história da teologia. Um sinal visível dessa mudança ao longo dos séculos é a evolução da vocação do teólogo. Durante os anos 100 a 600, a maioria dos teólogos eram bispos; de 600 a 1500 no acidente eles eram monges desde 1500, eles passaram a ser professores universitários. GregórioI morto em 604, é um bispo que tinha sido monge.

• Ao longo da nossa história da doutrina, os Escritos dos teólogos, com certeza, são uma importante fonte como são para história da teologia. Se os teólogos, na verdade, são os porta-vozes responsáveis da igreja, espera-se que seus livros forneçam a maioria da informação sobre o desenvolvimento da doutrina. Mas não recorreremos apenas aos tratados ou teologia sistemática deles em busca de informação. De mais a mais, até mesmo nesses tratados eles não agiam só como refutadores da heresia, formuladores de dogmas, ou Defensores da Fé, mas como intérpretes das escrituras. Por exemplo a obra “discurso contra os arianos” de Santo Atanásio, consiste de suas explicações de uma série de passagens bíblicas que era motivo de controvérsia entre os arianos e os grupos de Nicéia; santo Tomás de Aquino era corretamente conhecido como um mestre da página Sagrada. A história da interpretação bíblica e o desenvolvimento da hermenêutica merecem ser estudados por seus próprios méritos e não representam nosso interesse neste texto.

• Esta história, entendendo a doutrina Cristã como i que a igreja crê, ensina e confessa com base na palavra de Deus, não lidará com o conteúdo doutrinal do antigo e do Novo Testamento em seus próprios termos. Este constituem eles mesmos Campos de pesquisa, e a teologia do novo testamento, para Nosso propósito, não é o que Jesus e os apóstolos podem ter ensinado, mas o que a Igreja entendeu que eles ensinaram. Esse é um processo contínuo, em vez de um produto acabado.

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