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A REFORMA PROTESTANTE, FILHA DA RENASCENÇA PARTE II



Continuando a segunda parte sobre o quarto capítulo da Conjuração anticristã, vamos ver o desenvolvimento dos humanistas, não se deve crer que os humanistas, literatos e artistas, cujas aberrações vimos do Tríplice ponto de vista intelectual, moral e religioso, formassem apenas pequenos cenáculos fechados, em eco, sem ação no exterior. Inicialmente, os artistas falavam à vista de todos; e quando, para ficar apenas neste exemplo filarète tomou emprestada a mitologia a decoração das portas de bronze da Basílica de São Pedro, ele certamente não edificou o povo que por ali passava. Ademais, era na Corte dos Príncipes que os humanistas tinham suas academias; era ali que compunham os seus livros; era ali que espalhavam suas idéias, que estabeleciam os seus costumes; e é sempre do alto que desce todo mal e todo bem, toda pervesão assim como toda edificação.

Não há, pois, motivo para espanto no fato de a reforma, que foi uma primeira tentativa de aplicação prática das novas idéias formuladas pelos humanistas, ter sido recebida e propaganda com tanto ardor e os príncipes na Alemanha e outras regiões e te encontrado no acolhimento tão fácil.

A resistência foi muito fraca na Alemanha; foi mais vigorosa na França. O cristianismo tinha penetrado mais profundamente nas almas dos nossos pais mais do que em qualquer outro lugar; combatido na sua teoria pelos humanistas, ele sobreviveu mais tempo na maneira de viver, e de pensar e de sentir. De, entre nós, uma luta mais encarnada e mais prolongada. Ela começou pelas guerras de religião, continuou na Revolução, ela dura sempre, como muito bem assinalou waldeck-rousseau. Através de meios diversos dos início, continua sempre o conflito entre o espírito Pagão, que quer renascer, e o Espírito Cristão, que quer se manter. Há, como desde o primeiro dia, um e outro querem triunfar sobre o adversário: o primeiro, pela violência que fecha as escolas Livres, despoja e exila os Religiosos e ameaças igrejas; o segundo, pelo recurso a Deus e pela continuidade do ensino Cristão por todos os meios que permanecem à sua disposição ponto.

As diversas peripécias desse longo drama mantém em expectativa o céu, a terra e o inferno: porque se a França decidir-se por rejeitar o veneno revolucionário, ela restaurará no mundo inteiro a civilização que ela foi a primeira a compreender, a adotar e a propagar. Se ela sucumbir, o mundo terá tudo a temer.

O protestantismo veio-nos da Alemanha e sobretudo de Genebra. Ele foi bem denominado. Era impossível qualificar a reforma de Lutero com uma palavra diferente de protesto, porque ela é protesto contra civilização cristã, protesto contra a igreja que fundara essa civilização, protesto contra Deus, do qual essa civilização emanava. O protestantismo de Lutero é o eco sobre a terra do Non serviam de Lúcifer. Ele proclama a liberdade, a dos Rebeldes, a de Satã: o liberalismo. ele diz aos reis e aos Príncipes: “empregai vosso poder para sustentar e para fazer triunfar minha revolta contra a Igreja e eu vos entregarei toda autoridade religiosa”,(ouvres de Luther).

Tudo o que é a reforma tinha recebido da Renascença e que devia transmitir a revolução está contido nesta palavra: protestantismo.

Transmitida de indivíduo a indivíduo, o protestantismo Logo ganhou província após província. O historiador alemão e protestante Ranke, diz qual foi seu grande meio de sedução: o desregramento Moral, que a Renascença havia colocado em lugar de honra. “muitas pessoas Abraçaram a reforma, diz ele, com a esperança de que ela lhes asseguraria uma maior liberdade na conduta privada”.com efeito, existe entre o catolicismo e o protestantismo, tal como Lutero, uma diferença radical sob Esse aspecto. O catolicismo promete Recompensas futuras para a virtude e ameaça o vício com castigos eternos; por aí, ele põe o mais poderoso freio às paixões humanas. A reforma vinha prometer o paraíso a todo homem, mesmo ao mais criminoso, com a única ressalva de um ato de fé interior para a justificação pessoal, por imputação dos méritos de Cristo; só pelo efeito dessa persuasão, que é fácil de se conceder, os homens recebem a garantia de ir ao paraíso, mesmo continuando a se entregarem ao pecado e até ao Crime, muito tolo seria aquele que renunciasse a obter aqui embaixo tudo o que encontra à sua disposição.

A presença, num país profundamente católico, de pessoas que têm esses princípios e se esforçam em propagá-los devia já causar algum transtorno ao estado; esse transtorno se tornou profundo quando o protestantismo não mais se contentou em pregar aos indivíduos a fé sem as obras, mas se sentiu suficientemente forte para querer se apoderar do reino a fim de arrancá-lo de suas tradições e de moldá-lo a seu modo.

A partir de Clóvis, o catolicismo não tinha deixado um só dia seguer de ser a religião do Estado. Das tradições carolíngeas e merovíngeas foi a única conservada completamente intacta até a revolução. Durante meio século os protestantes tentaram separar de sua mãe a filha primogênita da igreja; usaram alternadamente a astúcia e a força para se apoderarem do governo, para colocar o tão católico povo francês sobre o jugo dos reformadores, como acabavam de fazer na Alemanha, na Inglaterra, na Escandinávia . Estiveram prestes a conseguir.

Após a morte de Francisco de guise, os huguenotes eram senhores de todo o modo. Não hesitaram, Pois, para se assenhorearem do restante, em apelar aos alemães e aos Ingleses, seus correligionários . Aos Ingleses eles entregaram Havre; aos alemães Prometeram a administração dos Bispados de Metz, Toul e Verdun.

Enfim, com la Rochelle, eles mesmos tinham criado materialmente um estado dentro do estado. Sua intenção era substituir a monarquia Cristã por um governo e um gênero de vida “modelados segundo os de Genebra”, quer dizer, a república. Os huguenotes, diz Tavannes, estão a caminho de fundar uma democracia”. O plano para isso tinha sido traçado em Béarn, e os estados do languedoc reclamavam sua execução em 1573. O jurista protestante François Hatman exerceu sobre os espíritos, no sentido democrático, uma grande influência com seu livro Franco-Gallia, 1573. Ele coloca a serviço das teorias republicanas uma história à sua maneira, para conduzir, com grande reforço de textos e de afirmações, os franceses à sua “constituição primitiva”. “A soberania e principal administração do reino, dizia ele pertence à geral e solene Assembléia dos três estados”. O rei reina mas não governa. O estado, a República é tudo, o rei quase nada. ele joga seus leitores na plena soberania do Povo.

(essas informações têm um imprimatur da igreja e o Nihil obstat e também é indicada pelo Papa Pio X).

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