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A SEGUNDA EVA E A CERTEZA DA VERDADEIRA HUMANIDADE DE CRISTO Parte I

• A SEGUNDA EVA E A CERTEZA DA VERDADEIRA HUMANIDADE DE CRISTO • Parte I • pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens, para condenação, assim por um só ato de Justiça veio a Graça sobre todos os homens. Romanos 5: 19 • Nos séculos II e III depois de Cristo, durante os expressivos momentos da transição cultural e da Revolta espírito -intelectual que os intelectuais denominam antiguidade tardia, Mais ou menos entre os períodos Bizantino e medieval, o paralelo entre Maria e Eva foi o foco principal de dois aspectos importantes da vida e do pensamento que ainda são preocupações permanentes em nossa era: o sentido do tempo (se é que há algum) e a história da humanidade, abrangendo a definição do que significa pertencer à raça humana. • a principal contribuição da Fé de Israel para o desenvolvimento do pensamento ocidental foi o registro de sua história. Com isso não queremos dizer que a questão do sentido da história humana estivesse ausente em outras culturas, como, por exemplo, na cultura clássica grega. O tema recebeu atenção especial sobretudo por parte de Platão no livro IV de suas leis. essa obra contém uma profunda análise do Poder das várias forças da história: “Deus governa todas as coisas mas o acaso [tyche] Ilhas oportunidade [kairos] com Ele couberam em seu governo dos negócios humanos. No entanto, a um terceiro ponto menos extremista, o de que a arte [techne] também deve ser considerada”. Como Constantino Despotopoulos salientou, Profundas reflexões sobre a inter-relação dessas três forças poderiam se tornar a fundação para uma abrangente filosofia da história. Esse também é o caso dois historiadores da antiga Atenas, principalmente tucídides — em sua oração fúnebre Péricles — e Heródoto, pois ambos analisaram seriamente esse assunto em suas ponderações sobre a história grega. • Entretanto, a difusão da Fé de Israel e das realizações dos hebreus bíblicos por todo o mundo grego-romano — que se deu em primeiro lugar pela tradução de escritos para o grego realizada pelos judeus helenisticos e depois, mas maciça e decisivamente, pela missão e expansão do cristianismo em todo o mundo Mediterrâneo — desafiou e acabou por transformar as opiniões predominantes sobre a natureza e o propósito do processo histórico. A repetição de uma das leis de Platão — “Deus tudo governa” — passou a ter um sentido radicalmente diferente quando a oportunidade [kairos] histórico em questão tratava do êxodo dos filhos de Israel do Egito, durante o qual Moisés recebeu a lei de Deus no Monte Sinai, ou a vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo. De certo modo, a crença de que “Deus tudo governa” era intensificada quando a palavra Deus não se referirem aos deuses do Monte Olimpo nem ao Uno da filosofia platônica, mas ao Deus de Abraão, Isaque e Jacó ou ao Pai, Filho e Espírito Santo. Apesar de suas diferenças Profundas e fundamentalmente irreconciliáveis, o Judaísmo e o cristianismo consideravam a história humana como um processo no qual o governo Divino era uma questão de iniciativa Divina. Moisés não usou o seu próprio talento para se encontrar com Deus encontro cuidava dos rebanhos de jetro nas planícies de Midiã; ao contrário, Foi Deus Quem escolheu, o procurou e com ele falou do meio da sarça ardente, impondo-lhe a tarefa de dizer ao faraó: “liberta meu povo” (Êxodo 3). De modo semelhante, o novo testamento não era um relato de como a tendência evolutiva da história humana finalmente atingirá o nível da divindade e como a carne se tornará a palavra de Deus; ao contrário, “No princípio era o verbo, e o verbo estava com Deus, e o verbo era Deus. E o verbo se fez carne e habitou entre nós”. (João 1. 1-14). Portanto, em um sentido mais radical e transformador, a história Era vista do alto, como o registro dos atos de um Deus vivo. Como o Novo Testamento afirma, “toda boa dádiva e todo Dom perfeito é lá do alto, descendo do Pai das Luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. (Tiago 1.17). • Mas isso é apenas parte da história, pois as tradições judaicas e cristãs não deixavam de contar essa mesma história sob uma perspectiva terrena, como um registro de ações autenticamente humanas, nas quais os homens, por serem dotados de livre arbítrio, deve assumir todas as responsabilidades Morais. Em meio às mudanças e insurreições do mundo Mediterrâneo dos séculos II e III, os espíritos sensíveis da antiguidade tardia se perguntavam se haveria um significado perceptível na história da humanidade. Um dos mais nobres dentre esses espíritos sensíveis, Marco Aurélio, morto em 180, aborda esse assunto no livro XII de suas meditações, escrevendo em grego em vez de latim, apesar de ser Imperador de Roma: “Há em julgamento de uma lei inexoráveis, uma orientação Divina que pode ser misericordiosa, Olá em caos inútil e desgovernado? Se não se pode resistir ao destino, Por que tentar lutar contra ele? se existe uma orientação Divina que procura ser misericordiosa, é necessário nos esforçarmos por merecer a compaixão de Deus. Se apenas o carro descontrolado, precisamos agradecer por, dentro de nós, haver uma mente no leme, em meio a esses Mares tempestuosos”. examinando as alternativas propostas pelo filósofo-Imperador Marco Aurélio, vemos que o Judaísmo e o cristianismo contribuíram com uma visão histórica que se assemelha a uma arena onde estavam em Ação tanto “a orientação Divina que pode ser misericordiosa” como a atividade humana que pode ser responsabilizada, de modo que nenhuma delas poderia ser considerada isoladamente. Este foi o mais profundo significado da palavra hebraica berith, pacto, no qual ambas as partes se obrigavam a certos compromissos, mesmo que uma delas fosse o criador dos céus e da terra e a outra uma simples criatura humana. Na versão Cristã desse aspecto autenticamente humano da história dialética, Eva e Maria eram as personagens-chave.

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