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A UNIÃO DE PROTESTANTES, JUDEUS E ESPÍRITAS CONTRA À IGREJA: ESSE É O ESPÍRITO DA MAÇONARIA.

A UNIÃO DE PROTESTANTES, JUDEUS E ESPÍRITAS CONTRA À IGREJA:

ESSE É O ESPÍRITO DA MAÇONARIA.

Vamos examinar nesse texto a influência dos judeus e Protestantes na nossa cultura, aliando-se inclusive com o Espiritismo de Kardec.

os protestantes e os espíritas fizeram uma união política contra os ultramontanos no século XIX, que teriam declarado ilegais no Brasil ambas as práticas religiosas, se o tivessem podido fazer, lembrando que os ultramontanos eram os verdadeiros representantes da Igreja nessa época.

Cumpre ressalvar que o “espiritismo”, no contexto deste estudo, quer dizer o espiritismo ou kardecismo do século XIX: o sistema filosófico e místico criado por Hypolite León Rivail, ou Allan Kardeck, como Rivail chamou a si mesmo em honra ao “ espírito” que supostamente falou por seu intermédio revelando a humanidade “o mundo dos espiritos”

O tipo de espiritismo chamado kardecismo, apareceu primeiro na França em 1855. Um dos seus primeiros discípulos e “apóstolo” no Brasil foi o baiano Luis Olimpia Teles de Menezes (1825-1893), fundador e presidente da Associação Espírita Brasileira, e redator do Diário da Bahia. Em 1866 Menezes escreveu Filosofia do Espiritualista, como uma introdução ao Livro dos espíritos de Rivail. Em 1869 também publicou um protesto violento contra a carta pastoral com que Dom Manuel Joaquim da Silveira, Arcebispo da Bahia fulminara o espiritismo. Provavelmente era ele o jornalista espírita, mencionado em 1873 pelo missionário presbiteriano F. J . C. Schneider como sendo seu conhecido, e quem fortemente atacara o governo por haver ignorado a petição dos espíritas para se registrarem como uma sociedade filosófica.(Blake, op. cit, v. pp. 444-445; Dom Manuel Joaquim da Silveira Carta Pastoral premunindo seus Diocesanos Contra os Erros Perniciosos do Espiritismo. (Bahia: 1867). Citado por Blake, op. Cit. VI, 130. Ver em o protestantismo, a maçonaria e a questão religiosa no Brasil, David Gueiros Vieira).

O kardecismo, porque se encontrava naquele tempo nos seus estágios incipientes, não parece ter tido uma grande influência na questão Religiosa. O mesmo, entretanto, não poderia ser dito sobre o judaísmo.

Sobre o Judaísrno sempre ouvimos falar que aqui nas terras Brasileiras só vieram o “cristão-novo”, a quem foi permitido vir para a colônia, bem longe da Inquisição. Mais tarde, como é bem conhecido, alguns dos cristãos-novos que tinham fugido para a Holanda, emigraram em grande número para Pernambuco, durante o período da ocupação holandesa. Estudos típicos sobre os judeus do Brasil-colônia são de Solidônio Leite Filho, de Arnold Wiznitzer e de Marco Aurélio de Alcântara, (Solidônio Leite Filho, 0s judeus no Brasil. (Rio: Ed. J. Leite & companhia 1923; Arnold Wiznitzer. Jews in Colonial Brasil, NY. Columbia Univ. Press, 1960); Marco Aurélio do Alcântara, Aspectos da Aculturação dos Judeus no Recife. (Recife lmprensa Oficial, 1954 ).

Entretanto, por meio do presente estudo vê-se que havia judeus no século XIX no Brasil, que quietamente (e algumas vezes não tão quietamente) ajudaram os protestantes na sua demanda por liberdade de culto. Em 1861, por exemplo, morava em Belém do Pará um certo rabino chamado Elias, que foi solicitado por Tito Franco de Almeida a dar opinião numa questão sobre o Decálogo, suscitado pelo missionário episcopal Richard Holden. Encontra-se também no diário do Dr. Kalley que, a 26 de setembro de 1855, passara a tarde com o Rabino Prinz (cujo primeiro nome não foi registrado) conversando sobre o Velho Testamento. O rabino informara a Kalley que “100 judeus tinham se reunido no Rio, no sábado transato, que foi o Dia da Expiação e que esperavam conseguir um cemitério, (Diário do Dr. Kalley, 26 de setembro de 1855).

Encontramos ainda, os irmãos Nathan (Charles e Henry), judeus, ajudando os imigrantes confederados no Brasil e reclamando liberdade de culto. Então, poder-se-ia perguntar: que papel Cagman & Nathan, proprietários do Correio Mercantil (e como tais, empregadores do editor Saldanha Marinho, o difamado anti-ultramontano “Ganganelli”) desempenharam na Questão Religiosa?

Tem sido mencionado em alguns artigos na imprensa brasileira que a maioria das famílias judaicas que emigraram para o Brasil no século XIX, veio da Alsacia-lorena, da Alemanha, da Holanda e de Marrocos. Os de Marrocos (judeus sefardins) estabeleceram-se na região do Amazonas. Os da Alsacia-Lorena, Alemanha e Holanda estabeleceram-se no sul do Brasil (A Vida e a atividade dos Israelitas no Brasil”, 0 Jornal, Rio 19 do agosto do 1928). Sabe-se ainda que, em 1872, os judeus no Rio fizeram petição ao lmperador para que lhes concedesse um terreno onde pudessem estabelecer seu próprio cemitério. Considerando que em 1855 eles já estavam preocupados em ter seu próprio cemitério, pergunta-se: onde enterravam seus mortos durante esses anos?

O judaísmo no Brasil no século XIX foi mencionado muito rapidamente pelo Dr. José Carlos Rodrigues em três curtos parágrafos de seu estudo sobre os acatólicos no Brasil. Rodriguez escreveu que um judeu sírio, rabino em Jerusalém, veio para o Brasil em 1896, fundou uma sinagoga no Rio, mas por fim voltou à Síria. (Rodrigues, Religiões Acatólicas, p. 110).

A presença do judeu no Brasil do século XIX e sua contribuição para o comércio, a indústria, a cultura e a Vida religiosa do país está ainda implorando um estudo muito e sério. Sem dúvida, um estudo desta natureza produziria algumas informações surpreendentes. Creio firmemente que os judeus desempenharam um papel importante no Brasil do século XIX, que ainda não foi reconhecido pelos Historiadores Brasileiros.

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