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A VERDADE IMUTÁVEL DA SALVAÇÃO Parte II (A encarnação do logos de Deus)

A VERDADE IMUTÁVEL DA SALVAÇÃO Parte II (A encarnação do logos de Deus)

A união com Deus e sua preliminar, a purificação, portanto, estavam intimamente ligadas ao conhecimento. Máximo, comentando sobre uma passagem Gregório de Nazianzo, afirmou que era fundamental uma “mistagogia por intermédio do conhecimento” para Purificação da mente por meio do Espírito Santo, embora esse dom só tivesse garantido aos que já tinham o dom da santidade (Máximo o livro das ambiguidades 19). A fé tinha de ser definida como “a fundação sustentando as obras de Piedade, que dão garantia de Deus é e de que as coisas divinas são reais” (Máximo epístolas 2). Como tal, era a base tanto da Esperança quanto do amor, nenhum deles poderia ser firme sem ela. O reino de Deus, que afetou a união com o senhor, era a “Fé em Ação” (máximo questões para Talássio sobre as escrituras 33). Essa fé era bem específica em seu conteúdo e objeto. Era a fé da igreja […] por meio da qual somos guiados à herança do bem”( Máximo questões para Talássio sobre as escrituras). A fé estava ligada aos dogmas ortodoxos da Igreja, o que tornou possível tanta a esperança quanto o amor. Sem fé era impossível obter a salvação. Os cristãos foram ensinados que a disciplina para obtenção da vida eterna não era nada menos que essa fé (Máximo epístolas 12); a crença Ortodoxa era necessária para salvação. E também a advertência do apóstolo Paulo contra “aqueles que causam divisões e colocam obstáculos ao ensino que vocês têm recebido” (Romanos 16. 17) foi tomada com um ataque “àqueles que não aceita os dogmas religiosos salvíficos da igreja” Maximo Epístolas 12).

Esses dogmas religiosos e salvíficos da igreja eram a verdade divinamente revelada e, como tal, eram imutáveis. Quando um teólogo, por exemplo, veio a definir “a condição Suprema da oração” Máximo quatrocentos capítulos sobre a caridade 2.61)), a decisão foi introduzida com a fórmula: “Eles dizem”, porque os manuais de oração e práticas ascética, como outro compêndio da doutrina da igreja, não reivindicavam de maneira alguma ser originais. De acordo com Teodoro de Estudida, o Legado mais rico que alguém pode deixar para a posteridade era a fé Ortodoxa da igreja junto com a regra monástica (Teodoro estudita orações 11.7.43). Esse mesmo teólogo, citando Máximo, identificou como “o Dogma da Verdade” falado pelos pais do cristianismo da antiguidade; seus oponentes concordaram com ele quanto o princípio formal, discordando só quanto ao conteúdo material dessa tradição (Teodoro Estudita refutações anti-heréticas aos iconoclastas). Todos nos dois lados de cada uma das controvérsias com as quais estaremos lidando aceitavam o princípio de uma verdade imutável. os monotelitas e os diotelitas, os iconoclastas e os iconodulitas, gregos e latinos – todos reivindicavam Esse princípio e insistem que detém essa verdade imutável. “a palavra de verdade” é tal”, qualquer um deles pode dizer, “que é uniforme e inabalável por sua própria natureza e não pode ser sujeito a diferença de pontos de vistas ou de mudanças temporais. Ela é sempre a mesma, ensinando e defendendo a mesma coisa, porque ela transcende todas as adições ou subtrações”. Em contrapartida, era característico da falsidade ser dividida e muitas partes e muitas teorias, mudando repentinamente de uma coisa para outra. Em um momento ela sustentava isso, no seguinte, ensinava exatamente o oposto; e nunca permanecia firme no mesmo lugar, pois está sujeita a mudanças e exigências da Mutação (Teodoro estudita refutações anti-heréticas aos iconoclastas).por isso, quando um Concílio ecumênico, sob a liderança do Espírito Santo,promulgou uma doutrina, Esta ficou conhecida com a “antiga e originalmente tradição autoritativa da igreja […] e em nenhum sentido uma inovação” nicéforo Apologia menor para as imagens santas 5).

Subjacente a essa definição da Verdade divina como imutável estavam a definição de Divino mesmo como imutável e absoluto. Porque Deus transcendia a mudança, a verdade sobre ele também teve de fazer isso. É característico da natureza de Deus ser impassível e indestrutível (Máximo comentário sobre as epístolas de Dionisio o areopagita 9.1). Deus conforme Hebreus 13. 8 também Deixa claro, “é tanto antigo quanto novo” (Máximo comentário sobre os nomes divinos de Dionísio o Areopagita 10.2). Era impossível atribuir alguma mudança de Deus ou atribuir algum movimento da mente ou da vontade a ele (Máximo Questões para Talássio sobre as escrituras 60). Quando Os relatos bíblicos, sobretudo os do Antigo Testamento, atribuem “arrependimento” a Deus, isso não deve ser entendido no sentido literal como algum tipo de antropopatismo, mas, de acordo com o caráter da linguagem bíblica, como uma acomodação às maneiras humanas de falar (Máximo questões e dúvidas 32). A escritura fala de uma maneira que não é literalmente exata a fim de capacitar seus leitores a aprender o que transcende a exatidão literal (Máximo comentário sobre a hierarquia celestial de Dionísio o Areopagita 2.2). Assim, só Deus é imutável por sua própria natureza; contudo, outros podem receber o dom de ser “firmes” como algum tipo de hábito (Máximo comentário sobre a hierarquia celestial de Dionísio o Areopagita 7.2). Deus é por natureza “bom é impossível” e “ama todas as suas criaturas da mesma maneira” (Máximo quatrocentos capítulos sobre Caridade 1. 25). Parte do processo de salvação como deificação é assimilação gradual da mente de Deus pela mente do homem. Por meio da Graça da oração a mente se junta a Deus e aprende a se associar só a Deus, tornando-se ainda vez mais semelhante a Ele e afastando-se cada vez mais do domínio desta vida mortal (Máximo o livro ascético 24). O julgamento de Deus não prossegue “de acordo com o tempo e o corpo” e, assim, a alma que transcende o tempo e o corpo, é assimilada a essa qualidade Divina (Máximo questões e dúvidas 60). O uso do mesmo vocabulário em especial do termo-chave “imutável”, tanto para a natureza de Deus quanto para o caráter distintivo da verdade sobre Deus, parece indicar uma conexão entre os dois.

O contraste entre a verdade ortodoxo sobre Deus e suas distorções hereges tinha de ser encontrada especificamente nesse caráter distintivo. Pois uma marca dos hereges era que eles apresentavam a “Inovação” daqueles que estão tornando o evangelho inútil (Máximo Epístolas 13). O herege podia ser postulado de “descobridor desses novos dogmas” (Nicéforo refutações anti-heréticas 1.23 ). O movimento Montanista dos séculos II e III. Que já foram estudados em um texto anterior, identifique como “montanistas”, com a sua ligação de uma nova profecia foi rejeitado como um produto não espírito santo de Deus, mas do espírito maligno e demoníaco (Máximo o livro das ambiguidades 68). A teoria de Orígenes da pré-existência da alma e também as teorias da pré-existência do corpo negavam a “maneira real” da antiga tradição patrística, que ensinava que a alma e o corpo vieram a existir simultaneamente (Máximo o livro das ambiguidades 42). Em contrapartida a essa tradição, que era modesta em suas reivindicações de conhecer a respeito de Deus, hereges Como Eunômio, tinham presumido “conhecer a Deus também tão bem quanto ele mesmo se conhecesse” (Máximo o livro das ambiguidade 18), o que era loucura e blasfêmia. “Inovação” e “blasfêmia” eram quase sinônimos, pois, ambos eram opostos à verdade Divina, como mostrou a heresia Ariana (Máximo o livro das ambiguidades 24). Essa hostilidade em relação à inovação teológica surgiu com pelo menos igual vigor na defesa de posições que no fim vieram a ser reconhecidas como hereges. Assim, uma posição cristológica contra o que Máximo escreveu seria fundamentada na pressuposição de que “toda a fórmula e termo que não é encontrado nos pais é uma inovação” e aqueles que ensinavam como Máximo o fazia estavam inventando sua própria doutrina em Oposição à fórmula dos Pais (Teodoro, diácono de Constantinopla. questões para Máximo 2). Outro de seus oponentes insistia que seria suficiente se ater a linguagem dos primeiros Concílios e não dizer nada mais do que eles disseram, embora tivessem surgido novas questões (Pirro de Constantinoplair apologia a discussão com Pirro). Todos concordavam que a heresia era simplesmente “uma nova fé”, uma fé que ensinava “um Deus estranho” (Nicéforo refutações anti-heréticas 1.20); portanto, ela tinha de ser rejeitada. Ela contradizia não só a verdade antiga e tradicional, mas também suas próprias declarações (Nicéforo refutações anti-heréticas 1.43).

Portanto, a verdade imutável da salvação não estava sujeita a negociação. Quando alguém pedia perdão com base em sua ignorância da doutrina Ortodoxa, era essencial distinguir entre o perdão estendido à pessoa por suas faltas (o que era exigido pelo evangelho) e o perdão estendido a falsos dogmas (o que era proibido pelo mesmo evangelho) Máximo discussão com Pirro). A controvérsia doutrinal não era uma diferença em relação ao vocabulário, mas quanto ao próprio conteúdo da fé cristã; isso não podia ser descartado como logomaquia ( Máximo opúsculos 16). Às vezes sugeriam que os dois lados de controvérsia sobre as vontades de Cristo não diferiam de modo algum excesso em meras fórmulas (Pirro de Constantinopla, Máximo discussão com Pirro), mas essa sugestão foi repudiada como uma traição a verdadeira fé. Para os que eram fiéis, não podia haver distinção na tradição entre as coisas que eram essenciais e as que eram secundárias; entre o que tinha de ser mais respeitado e o que tinha de ser menos respeitado; pois a doutrina tinha vindo dos pais e tinha de ser respeitada(Nicéforo refutações anti-heréticas 3.34). Essa era a fé antiga e imutável da igreja. Os que aceitavam eram “os que comiam na pura e divina pastagem da doutrina da igreja”( Máximo Epístolas 12). A igreja era “pura e incorrupta, Imaculada e não adulterada”( Máximo questões para Talássio 12) e, em sua mensagem, não havia nada estranho ou confuso. A verdade do Evangelho estava presente na igreja como estivera o início, era agora, e sempre seria, mundial e sem fim.

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