top of page
Foto do escritorwww.intervencaodivina.com

A VERDADE IMUTÁVEL DA SALVAÇÃO Parte II (A encarnação do logos de Deus)


A pressuposição de salvação com identificação foi a Encarnação do logos de Deus, pois “o propósito do Senhor se tornar homem era nossa salvação” (Máximo o livro ascético 1). Na verdade, “a teologia” às vezes, era usada por escritores, como Dionísio, para se referir ao mistério da Encarnação e questões relacionadas com ela (Máximo comentário sobre os nomes divinos de Dionísio o areopagita 2.9). O homem foi criado Originalmente para ser “um modelo de propagação de que era deificado, divino e não material”, mas sua queda no pecado significou que esse plano Divino foi substituído e que o homem tinha ficado preso no molde material de propagação, modo esse dominado pela paixão sexual. Por isso, o Logos de Deus se tornou homem, para libertar o homem dessa paixão e restaurá-lo a condição para a qual foi criado (Máximo o livro das ambiguidades 42). E assim Deus se tornou humano a fim de que o homem pudesse se tornar divino. O domingo de Páscoa, “o primeiro domingo”, pode ser visto como “um símbolo da futura ressurreição e incorruptibilidade física” ou como “uma imagem da futura deificação pela graça” (Máximo o livro das ambiguidades 64). Claro que em última análise as duas coisas eram idênticas para o Cristão. A própria definição do Evangelho está ligada a essa definição de salvação; é “uma missão de Deus e uma convocação do homem por intermédio do filho encarnado e a reconciliação que ele operou com pai, garantindo a recompensa como uma dádiva — a saber, a deificação eterna — para aqueles que creram nele” (Máximo questões para Talássio sobre a escritura 61). Embora a deificação não seja mencionado explicitamente em toda definição do Evangelho (Máximo o livro das ambiguidades 50), ela estava implicitamente presente como o conteúdo da salvação proclamada pelo evangelho.

A frase “garantindo a recompensa como uma dádiva” sugere uma ambiguidade na ideia de deificação, pois, “Máximo, por um lado, pode dizer que não há poder inerente à natureza humana que seja capaz de deificar o homem e, todavia, de outro lado, que Deus se torna homem a medida que como homem deificou a si mesmo” (Thunberg 1965 página 457-58). A declaração bíblica: “vocês são deuses”, não era para ser entendida como significado que o homem tinha capacidade por natureza ou por sua condição natural de alcançar a deificação; ele só poderia alcançá-la e receber esse nome Sublime pela adoção e pela graça de Deus. Do contrário, a deificação não seria a dádiva de Deus, mas uma obra da própria natureza humana (Máximo o livro das ambiguidades 20). “Nenhuma criatura consegue a deificação por sua própria natureza, uma vez que não consegue apreender Deus. Isso só acontece pela graça de Deus” (máximo questões para Talássio sobre a escritura 22). A deificação não era um assunto de poder humano, mas só de poder Divino (Máximo opúsculos 1). Contudo, essa insistência repetida e inequívoca na graça como essencial para a deificação não pretendia excluir a participação do livre arbítrio do homem no processo. Pois “o espírito não gera uma vontade que não está disposta, mas ele transforma em deificação uma vontade que tem o desejo” (Maximo questões para Talássio sobre a escritura). Assim, a antítese entre a graça divina e a liberdade humana, que causou muitas controvérsias e levou grandes debates na teologia acidental por muitos séculos, no pensamento Cristão oriental houve grandes heresias em comunidades que se apartaram da fé ortodoxa, mas no geral foi um pensamento melhor desenvolvimento e aceito nos grandes patriarcados, vejamos o caso de Santo Antão e Pacomio, os primeiros místicos do deserto. Talvez seja relevante lembrar que, algumas das discussões mais extensas da questão centrado nas controvérsias com o Islamismo foram de cristãos que não aceitavam a divindade de Jesus Cristo.

No entanto não se pretendia que a dádiva da deifecação alcançada pela Encarnação do Logos permanecesse secreta. Era um assunto de Revelação Divina trazido ao conhecimento do homem por meio do ensino sagrado. Portanto, “a salvação perfeita” tinha como sua contraparte “a confissão perfeita” (Máximo obra teológica e polêmica 7), e os hereges se opunham a ambas. Pelo fato de a doutrina divinamente revelada conter a verdade da salvação, era apropriado denominá-las de “doutrinas dos Santos desafiando as luzes”, pois elas iluminaram os crentes com a luz do conhecimento confiável e os tornaram divinos (Máximo de comentário sobre os nomes divinos de Dionísio o areopagita 1.3). Assim, era característico dos meios da Graça e da Revelação que eles transmitissem um conhecimento da Verdade Divina, mesmo quando transformavam os homens Mortais por meio da dificação. A escritura, de um lado, não só apresenta a história da revelação e da salvação, Pois “por intermédio das Escrituras divinas somos purificados e iluminados para o nascimento sagrado de Deus”. De outro lado, os sacramentos não transmitiam apenas graça, Pois “por intermédio da comunhão e do ritual de unção somos feitos perfeitos em nosso conhecimento (Máximo comentário sobre a hierarquia eclesiástica de Dionísio o areopagita 5.3). A verdade da salvação conferia mais que conhecimento, mas não menos que isso. Pode-se avançar do conhecimento da História salvífica da Encarnação, morte e ressurreição de Cristo à contemplação da Glória e, finalmente, a união Mística com Deus (Máximo o livro das ambiguidades 60); mas, não obstante, era com esse conhecimento que se tinha de começar. Por meio da “filosofia prática” ou da Vida Ativa do Cristão que alguns cristãos avançaram da carne de Cristo para sua alma; outros, por intermédio da contemplação, foram capacitados a continuar da alma de Cristo para a “mente” dele; e alguns poucos, por meio da União Mística, conseguiram ir mais adiante ainda, da Mente de Cristo para sua própria Divindade (Máximo o livro das ambiguidades 47). Mas o verdadeiro conhecimento de Deus em Cristo era indispensável para todos eles.

2 visualizações0 comentário

Posts Relacionados

Ver tudo

Comments


bottom of page
ConveyThis