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Conversão e civilização dos bárbaros

Conversão e civilização dos bárbaros

Em uma recente publicação, o Professor Joathas Bello trouxe uma questão muito importante, e muito atual, como venho tentando mostrar em vários textos produzidos no ano passado e que continuarei a fazer esse trabalho, quero demonstrar que vivemos em tempos pagãos, o barbarismo ganhou uma evidência midiática, vale lembrar que o aborto, eutanásia, desprezo pelo casamento, decadência moral, foram problemas sérios que a república Romana e depois o império romano enfrentaram, a única solução foi o cristianismo, a moral foi restabelecida, não haviam mais prostitutas sagradas, nem imperadores travestidos de mulher, com seus rostos pintados como uma dama da corte, como faziam Nero e Caracala, no segundo parágrafo podemos verificar toda Europa clamando pelo cristianismo, o que contraria algumas teses de que a Igreja se impôs, pois o povo viu a superioridade da Igreja na moral e na espiritualidade, e deixo uma pergunta, onde estão os nossos Santos para mostrar o oriente (Cristo Jesus) aos Bárbaros modernos? Muitas pessoas não sabem que a Igreja tem a resposta, mas cabe as pedras falarem se os príncipes da Igreja calarem.

“Um dos maiores equívocos e falhas na evangelização contemporânea se dá na noção do “aggiornamento”.

A utilização da “linguagem” moderna deve ser tão criteriosa quanto sempre foi a utilização da linguagem antiga pela Igreja: a Igreja não admitiu, da filosofia grega, o panteísmo, o monismo ou o materialismo presente nos pré-socráticos, mas a filosofia que admite a Transcendência de Sócrates, Platão e Aristóteles; se assumiu a ideia de “Lei Natural” dos estoicos, não entendeu essa “razão imanente” no mundo como a instância suprema da realidade, etc.

Se assumiu a indumentária litúrgica ou o simbolismo do “Sol invicto” dos romanos ou da “árvore” dos nórdicos, não assumiu seu significado, etc.

Se quer utilizar a linguagem moderna, não pode assumir perspectivas filosóficas imanentistas, como o kantismo ou o marxismo, por exemplo.

Tampouco pode ser subserviente à compreensão das ciências do homem, mas deve julgá-la à luz de uma teologia e uma filosofia metafísica atualizada, que compreenda os meandros da fenomenologia, da psicologia empírica, da psiquiatria, da política, e possa discernir a verdade e julgar os limites e erros nestas ciências.

A “autonomia das realidades temporais” não pode ser uma espécie de fetiche que impeça os teólogos e filósofos católicos de compreenderem sua tarefa de julgar as ciências humanas e até as ciências da natureza no que tange à sua significação metafísica e teológica.

Tampouco deve utilizar expressões artísticas que só ajudam a distorcer a mensagem do Evangelho, fomentando uma sensualidade desordenada ou uma afetividade superficial, por exemplo.

Ao abdicar da beleza da sua linguagem litúrgica (a sobriedade do Rito Tridentino, do canto gregoriano) em nome de uma liturgia “pastoral” voltada “para o homem de hoje”, e de uma “inculturação” sem critérios bem definidos, a vida dos católicos vai perdendo senso sobrenatural e senso estético; acolher a graça da missa e dos sacramentos se torna mais difícil, viver no mundo sem ser do mundo, idem.

A Igreja precisa recuperar sua Sabedoria e sua Beleza. O “hoje” da década de 60 já não é o “hoje” deste tempo em que nos cabe viver, e que é pior do que o “ontem”.

Voltar o olhar para o Hoje Eterno, e para Jesus Cristo, “o mesmo ontem, hoje e sempre”, com os braços pregados à Cruz para nos esperar, e abertos para nos receber.” (Joathas Bello, professor de filosofia)

Desde o fim do império do Ocidente, em 476, até no seu restabelecimento pela coroação de Carlos Magno, em 800 a Igreja teve uma ação Santa civilizadora durante esta época. Na época, em que entramos, foi a igreja chamada pela Divina providência e pelas necessidades dos povos da Europa a preencher uma missão nova. Tendo a seu cargo os interesses espirituais e eternos das nações, devia, nesta época deplorável, ajudá-las também nos seus negócios temporais. muitas vezes se tem condenado esta ingerência da Igreja nas coisas deste mundo, e censuras de ambição tem sido muitas vezes dirigidas aos papas e aos bispos. Mas declinando a meia-luz, que se presta facilmente a erros e a ilusões, e colocando-nos no verdadeiro ponto de vista histórico, reconheceremos sem custo, que a ação do clero sobre o temporal dos povos, nesta época, foi natural, necessária e legítima. Resultado da própria situação dos acontecimentos, e foi conduzida por força dos acontecimentos, cujo complemento e realização não é dado ao homem impedir. Quando uma sociedade cai no abismo, diz Balmes, nada há tão justo como que a salve quem a possa salvar; ora, somente a Igreja podia salvar então a sociedade. >> — com efeito, ao vermos o antigo mundo desmembrado e feito pedaços sob os golpes e vinte povos bárbaros, nos é fácil compreender, que somente a religião poderia amaciar a selvageria de seus costumes, e unir uns aos outros todos os elementos heterogêneos, que se debatiam entre si nesse imenso caos.<< No meio desta dissolução social, diz ainda Balmes, nesta monstruosa confusão de raças, de leis, de costumes e tradições, o cristianismo conservava-se em pé como uma coluna solitária no seio de uma cidade em ruínas, como um brilhante farol no centro de um Horizonte tenebroso, e era o único elemento capaz de animar os germes da regeneração sepultados debaixo de ruínas e sangue.>> Posto que bárbaros e orgulhosos com os seus triunfos, os povos conquistadores curvaram a fronte diante do báculo, que regia o rebanho de Cristo. Colocados pela lei Romana na primeira ordem dos habitantes da cidade, revestidos de um caráter sagrado, que era respeitado pelos mesmos pagãos, superiores aos homens da sua época na inteligência, e sobretudo na verdade, na posse de uma autoridade espiritual imensa, incontestada, não podiam os bispos deixar de (pela própria força dos acontecimentos) adquirir um grande ascendente sobre o espírito dos bárbaros. Assim, logo que eles quiseram constituir-se em sociedade, chamaram em seu auxílio os únicos homens, que eram capazes de os civilizar e de modificar a sua legislação feroz, e colocá-la em harmonia com a moral cristã, cuja beleza os enchia de admiração. A Igreja, diz Guizot, era infinitamente superior aos governos temporais de então; o clamor dos povos vinha continuamente colaborando para que tomasse o seu lugar. É claro, que era necessário uma sociedade fortemente organizada para lutar contra tais desastres para sair vitoriosa de um tal furacão. Os bispos adquiriram deste modo na sociedade nova uma intervenção poderosa, de princípio puramente moral, mas que se constituiu progressivamente como a autoridade dos reis e dos senhores. — Na época merovíngia, diz ainda outro historiador, todas as bases da sociedade, todos os elementos de cultura intelectual, tudo o que estava de artes e ciências estava nas mãos da religião; a ela pertencia pois de direito à educação e a direção da nova Europa. — Compreende -se facilmente, conclui Balmes, que o Papa, colocado acima de todos os outros pastores da Igreja, como uma soberba cúpula sobreposta a um suntuoso edifício, devia necessariamente ver a sua influência e o seu poder sobrepuja em muito a autoridade dos simples bispo. Tal foi a primeira origem e como a raiz do poder temporal da Igreja. O papado e o episcopado não foram portanto poderes usurpadores. O instinto de conservação rebanhava debaixo da sua égide as raças: a sua superioridade moral, unanimemente reconhecida, curvava diante da sua autoridade as raças vitoriosas. Tudo o que abatia o império da Roma terrestre contribuía para elevar o império da Roma cristã. Não se tem notado de maneira suficiente, que o movimento, que impediu a Igreja a tomar a direção dos negócios temporais, foi uma evolução espontânea e natural dos povos, que vieram de si mesmo agrupar-se em torno de uma instituição dotada de força vitais. Não foi mais que a consequência necessária, e como a mesma lógica dos acontecimentos..

É um espetáculo admirável vermos, nessa época, os papas e os bispos tendo, por assim dizer, entre as suas mãos o berço da Europa mas senti, e trabalhando para a civilização e santificação dessas hordas ferozes, que inundaram todo o ocidente. (Tratado de história eclesiástica, Tomo II Padre Rivaux diretor do seminário maior de Grenoble, livraria internacional, 1877)

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