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ENTENDENDO A QUESTÃO DO PECADO E DA CORRUPTIBILIDADE DO HOMEM

ENTENDENDO A QUESTÃO DO PECADO E DA CORRUPTIBILIDADE DO HOMEM

Parte I

A partir desse estudo vamos entender questões que muitos Protestantes, na grande maioria os modernos, tem uma grande dificuldade de entender questões, como Batismo infantil, as duas naturezas de Cristo é o título Theotokos ou mãe de Deus. Vamos partir da determinação da Necessidade, segundo alguns gnósticos, era tão rígida que “tudo se extingue pela necessidade na condição na qual foi criada. E eles tornam Deus mesmo o escravo dessa necessidade para que não se possa acrescentar imortalidade ao que é mortal (Irineu contra heresias;Harvey 1 294-95). Simão Mago foi acusado de ensinar que aqueles que eram para ser salvos receberiam a salvação só pela graça, independentemente de seus atos Morais; portanto, a responsabilidade moral não tinha sentido (Irineu contra as heresias 1. 23.3 Harvey 1:193). De uma maneira geral, as várias escolas gnósticas descrevemos homens como a vítima e o escravo de forças sobre as quais não tinham controle, e, por isso, essas escolas gnósticas diagnósticaram o pecado como inevitável.

A resposta dos pais antignósticos foi negar a inevitabilidade do pecado em insistir que Deus “põe diante do homem o bem e o mal, a vida e a morte. Toda a ordem de disciplina é arranjada por intermédio dos preceitos, à medida que Deus denomina, ameaça e exorta. Talvez isso não fosse assim se o homem não fosse livre, favorecido com uma vontade capaz de obedecer e resistir (tertuliano contra Marcião 2.5.7). Se o homem estivesse sujeito à escravidão ao mal, seria injusto da parte de Deus fundamentar a recompensa e a punição na conduta humana. Só “uma comissão de transgressão espontânea” (tertuliano contra Marcião 2.6.7) poderia ser chamada a prestar contas desta maneira. Ireneu, rejeitando a estratificação ginástica da humanidade, insistiu que “todos os homens são da mesma natureza, capazes tanto de se apegar ao que é bom quanto de praticar o bem e ter, por sua vez, também o poder de afastado deles e não praticá-lo” (Irineu contra heresias 4.37.2 Harvey 2:286-87). Se, como os gnósticos sustentavam, “não está em nós poder fazer ou não fazer essas coisas, que motivo tinha o Apóstolo e muito mais o senhor mesmo de nos aconselhar a fazer e de nós abster de outras? Mas pelo fato do homem, desde o início, ter livre arbítrio e Deus ter Livre arbítrio, em cuja semelhança o homem foi criado, este sempre é aconselhado a se apegar ao bem, o que é feito por meio da obediência a Deus” (Ireneu contra heresias 4. 37.4). E os que fugiram da luz eterna de Deus foram eles mesmos a causa de sua habitação eterna nas trevas. Em suma, “os que apostataram da Luz concedida pelo pai e transgride a lei da Liberdade fazem isso por sua própria culpa, uma vez que foram criados agentes livres e possui um poder sobre eles mesmos” (Ireneu contra as heresias 4.39.4).

O homem tinha a liberdade de pecar ou não do contrário ele não; do contrário, ele não poderia receber ordens, ser repreendido nem exortado, nem tão-pouco, convocado a prestar contas. Clemente de Alexandria, como porta-voz da fé cristã em resposta aos pagãos e hereges, fez apenas esta exortação: “até onde podemos, tentamos pecar o menos possível”. Só Deus pode evitar totalmente o pecado; mas os homens sábios conseguiam evitar transgressões voluntárias, e os que eram adequadamente treinados no cristianismo conseguiam, pelo menos ver que caíam em muito poucas transgressões (Clemente paedagogus 1.2.4. 1-3).

A QUESTÃO DO PECADO E DA CORRUPTIBILIDADE DO HOMEM (Por que Maria é mãe de Deus, e por que se deve batizar crianças.)

Parte II

Não foi a partir das tendências evidentes nas controvérsias teológicas dos quatro primeiros séculos, quer com os pagãos quer com os outros cristãos, mas a partir da direção da vida e da prática da igreja que vieram o material a partir de qual foi formada uma declaração mais completa da relação entre a natureza e a graça. Pois “a antropologia predominante nos séculos II e III se manteve em contradição parcial com o supernaturalismo do culto” da igreja (Reuter [1887], p.32). É provável que dois temas dos cultos mereçam ser distinguidos por sua influência no dilema da antropologia cristã: a confissão do nascimento virginal de Cristo e a prática do batismo infantil. Foi destas que a doutrina cristã, sobretudo a Ocidental, tirou sua sustentação, inferindo a partir dela a mais completa explicação da relação entre a inevitabilidade do pecado e a responsabilidade pelo pecado, algo distinto do que tinha sido estabelecido pelos porta-vozes da ortodoxia. Ambos os termos estavam presentes na vida e na linguagem da igreja antes de serem sequer exploradas por sua importância antropológica; pelo menos, ali parece haver pouca ou nenhuma justificativa, com base na evidência disponível hoje, para argumentar que eles derivavam de uma teoria da queda e do pecado original defendida anteriormente. Mas, em vista de seu lugar cada vez mais seguro no culto e na confissão, tornaram-se as premissas dais quais podem ser extraídas conclusões sobre a queda e o pecado original.

A afirmação do nascimento virginal de Cristo — ou mais precisamente de sua concepção virginal — teve origem no próprio Novo Testamento, sendo encontrada nos evangelhos de Mateus e de Lucas, mas em mais nenhum lugar. No primeiro deles, “a história do nascimento virginal é teologicamente muda, não se deduz nenhum argumento nem percepção cristológicas dessa grande intervenção divina” (Stendahal [1960], p.103). A narrativa de Lucas foi um tanto mais específica na identificação da relevância da intervenção, pois o anjo disse para Maria: “O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Altíssimo a cobrirá com sua sombra. Assim, aquele que há de nascer será chamado Santo; Filho de Deus”(Lc1.35). A palavra “assim”[dio]”indicava” que a inferência é autoevidente”(Arndt[1957], p.197) e, assim, a santidade e a filiação divina da criança tinham alguma conexão, talvez causal, com as circunstâncias especiais de sua concepção. Contudo, nem mesmo Lucas elaborou essa sugestão no resto de seu evangelho nem no livro de Atos dos Apóstolos. Por isso, a doutrina do nascimento virginal, mesmo quando foi santificada nos credos, não carregava com ela nenhuma indicação inequívoca de seu próprio sentido. A doutrina não só estava ausente em todos os escritores do Novo Testamento, com exceção de Mateus e Lucas, mas também entre os pais apostólicos a única referência a ela foi de Ignácio. Para ele, Cristo era “Filho de Maria e Filho de Deus”(Ignácio aos Efésios7.2[Bihlmeyer,p.84]; Ingácio aos Tralianos 9.1[Bihlmeyer, p.95]) e, portanto, tanto “carne quanto espírito”(Ignácio aos Esmirnenses 1.1 [Bihlmeyer, p.106]): o nascimento da Virgem Maria era uma garantia da verdadeira humanidade. Mas era mais que isso: “Foi escondida do príncipe deste mundo a virgindade de Maria e a concepção, bem como a morte do Senhor — três mistérios a ser aclamados — que foram operados no silêncio de Deus” (Ingácio aos Efésios 19.1[Bihlmeyer, p.87]). Aqui a função de concepção é do nascimento milagrosos de Cristo eta mostrar que “nosso Deus, Jesus, o Cristo, foi concebido no ventre de Maria de acordo com uma dispensação da semente de Davi, mas também do Espírito Santo” (Ingácio aos Efésios 18.2[Bihlmeyer, p.87]). A intenção da doutrina era cristológica, certamente não mariológica e muito menos antropológica.

A doutrina “não foi formulada por causa de uma linha de pensamento teológico; ela foi apenas uma peça supostamente ‘apostólica’ da tradição bíblica.

A QUESTÃO DO PECADO E DA CORRUPTIBILIDADE DO HOMEM

Parte III

A definição de “humano” era uma parte da pressuposição da doutrina cristológica e, pelo menos, de três maneiras: o entendimento da condição humana e sua necessidade de salvação; a definição da natureza humana de Cristo; e a imagem de uma raça humana redimida e transformada pela vinda de Cristo. As duas principais opções na doutrina da Encarnação continham, cada uma de sua própria maneira distintiva, elementos que serviam para impedir uma investigação completa da inevitabilidade do pecado. Os proponentes da união hipostática, com certeza, nunca poderiam ser acusados de considerar levianamente a difícil condição humana. Conforme a antropologia de Atanásio demonstrou em vividos detalhes, esses teólogos estabeleceram a vinda do Logos na carne contra o sobrinho plano de fundo da condição humana de Pecado, corrupção e morte. Os homens, ao se afastarem de Deus em desobediência, “tornaram-se a causa de sua própria corrupção na morte”. Além disso, essa condição estava se deteriorando progressivamente, e os homens tinham ficado insaciáveis em pecar (Atanásio encarnação do verbo 5.3). Os homens, não satisfeitos com o primeiro pecado, “encheram-se mais uma vez com outros Males, progredindo ainda mais em vergonha e suplantando-se em impiedade (Atanásio contra os pagãos 8). Nem o sol, nem a lua, nem as estrelas abandonaram Deus; só o homem foi vil. A encarnação do Logos, Vista Contra esse plano de fundo, foi considerada o único meio de resgatar a humanidade caída( Atanásio encarnação do verbo 43.1)

No entanto, a despeito de toda essa linguagem forte sobre o pecado, o problema fundamental do homem não era seu pecado, mas sua corruptibilidade. O motivo para a encarnação ser necessária era que o homem não tinha apenas errado – para isso, O arrependimento seria suficiente (Atanásio encarnação do verbo 7.3) — mas tinha caído na corrupção, uma transição que o ameaçava com a aniquilação (Atanásio contra os gentios 41). O Logos, como o agente da criação que tinha chamado o homem do nada, também era aquele que o salvaria da aniquilação. Isso o Logos fez ao assumir a carne. Para essa teologia, a universalidade da morte, não a inevitabilidade do pecado, era fundamental. A declaração de Romanos 5. 14 de que a “morte reinou Desde o tempo de Adão até o de Moisés, mesmo sobre aqueles que não cometeram pecado semelhante a transgressão de Adão” foi usada para provar que havia muitos que tinham sido “puros de todo pecado”, como Jeremias e João Batista (Atanásio discurso contra os arianos 3.33). foi a morte e a corrupção que ficaram no caminho da participação do homem na natureza divina, e estas tinham de ser sobrepujadas na encarnação do logos (Atanásio discurso contra os arianos 3.40).

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