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FILHA DE SIÃO E CUMPRIMENTO DA PROFECIA

• FILHA DE SIÃO E CUMPRIMENTO DA PROFECIA

• Vamos fazer um pequeno estudo sobre a Virgem Maria e, utilizando a técnica dos antigos erutidos, que consideravam que o Novo Testamento se ocultava no antigo testamento e o Antigo Testamento no Novo. Podemos verificar que o leitor dos Evangelhos, antes de tudo, se surpreende por encontrar tão pouca informação acerca de Maria. Mas um pesquisador da Bíblia não poderia ler apenas os quatro Evangelhos ou o Novo Testamento, na íntegra, em busca de conhecimentos referentes a Maria. De fato, antes de haver os quatro Evangelhos, ou mesmo todo o Novo Testamento, já existiam as Escrituras, que os cristãos terminaram por denominar antigo testamento e que, pela importância tipológica e alegórica, pelas profecias e seu comprimento, somos obrigados a chamar “Escrituras cristãs”. A história do estudo sobre Maria dentro da igreja católica Romana diz respeito de como o papel de Maria foi anunciado em certas passagens do velho Testamento, fundamentado no princípio de que, enquanto Deus criava condições para seu filho assumir o papel que lhe fora destinado na história de Israel, também preparava o caminho para sua mãe. Assim, a história do desenvolvimento da interpretação bíblica nas primeiras igrejas igualmente evidencia que foram analisadas as predições sobre Maria no velho testamento, não só com relação ao culto de Maria na igreja católica, mas também na tradição patrística do oriente e do ocidente. Grande parte do que foi escrito sobre o testemunho do novo testamento e que já foi analisado no primeiro texto sobre o desenvolvimento da doutrina da virgindade Perpétua poderia facilmente ser considerado neste e, como naquele texto, a atenção requerida pelo material bíblico é bastante diversificada.

• A importância das provas bíblicas são importantes não possui o contraste contradição subsequente, mas exatamente por sua anterioridade a essa tradição. Ou colocando de modo diferente e mais preciso, as evidências bíblicas tornam-se mais interessantes quando estudamos a luz de sua posterior utilização pela tradição. Análise racional das características das provas bíblicas pode ser iniciada com a frase do evangelho que descreve a Natividade: ” Da casa e família de Davi” (Lucas 2,4). Como está escrito no Evangelho, essa frase se refere a José, e não a Maria, cuja linhagem não foi traçada na genealogia dos Evangelhos de Mateus e de Lucas ( Mateus 1, 1-17; Lucas 3, 23-38). Mas foram esses dois Evangelhos que fizeram questão de enfatizar a concepção virginal de Jesus e, portanto, nos levaram à conclusão de que José era apenas o suposto pai de Jesus, “aquele que cuidava” ( Lucas 3,23), embora o posicionamento dos Evangelistas não esteja bem claro. Se, na linguagem dos Evangelhos, a expressão “da casa e da família de Davi” era uma forma de afirmar a continuidade da linhagem de Jesus Cristo quanto a Israel e a sequência de parentesco com seu celebrado ancestral, então sua descendência de Davi só poderia ser compreendida por meio de seu único progenitor humano, Maria, que nesse caso também deveria ser “da casa e família de Davi”. Esse raciocínio justificou o hábito de pesquisar as épocas posteriores e anteriores à do novo testamento, investigando as escrituras de Israel à procura de profecias, paralelos, tópicos de conexões que enriquecem o minúsculo Face de dados fornecidos pelos Evangelhos. Essas pesquisas abrangerão Míriam, irmã de Moisés, por causa de seu nome, a mãe Eva e também todas as personalidades femininas, Principalmente as encontradas nos escritos do Rei Salomão, sobretudo a figura da sabedoria do capítulo 8 do Livro dos Provérbios, além dos Livros deuterocanônicos. Além da figura da sabedoria descritq por Salomão (o substantivo sabedoria é feminino, como Chokmah em hebraico, Sophia em grego, Sapientia em latim e Premudrost em russo), foi analisada a noiva do Cântico dos Cânticos, o mais longo e generoso retrato de uma mulher em toda a Bíblia. O processo de apropriação desse material para justificar o culto a Maria e a doutrina Marista, que pode ser descrito como uma metodologia de amplificação, de certo modo foi parte de um processo muito mais amplo de interpretação alegórica e figurativa da Bíblia, ao qual devemos alguns dos mais belos e criativos comentários de toda a cultura medieval e bizantina, não apenas em palavras mas também imagens. Houve, por outro lado, quase contrariando a intenção dos estudiosos, uma poderosa firmação de que Maria, de acordo com o raciocínio resumido anteriormente, era da casa e da família de Davi e, portanto, representava um elo inquebrantável entre a história Judaica e o cristianismo, entre o primeiro pacto, dentro do qual ela nasceu, e o segundo pacto, pelo qual ela deu à luz, de modo que até os mais virulentos cristãos anti-semitas não poderiam negar que ela, a mais abençoada entre as mulheres, era uma judia. Sem nenhuma ligação explícita com a Virgem Maria, O Retrato de uma mulher grávida elevada aos céus, pintado por Marc Chagall, não consegue esconder essa lembrança.

• A MADONA NEGRA

• Um dos mais impressionantes resultados da interpretação sobre da mariologia do velho testamento que estamos expondo, foi a identificação DA exuberante imagem da noiva door Grant County Schools Chrome Maria [sou morena mas formosa, cânticos dos cânticos 1,5] foram praticamente suas primeiras palavras no Cântico dos Cânticos, e Delas nasceu a justificativa bíblica para muitos retratos de Maria que, afastando-se de sua representação convencional como italiana ou do norte da Europa, favoreciam a Madona Negra. Do modo como está escrito, esta afirmação parece evidenciar um difundido senso de impossibilidade de a negritude conviver com a beleza. Mas, podemos fazer um comentário conclusivo acerca do Cântico dos Cânticos, do ponto de vista linguístico podemos entender que a palavra morena também pode ser vista como Negra, e a frase “mas bela” podemos entender “e bela” — são conclusões de algumas linguistas, seria essa a tradução correta desse verso escrito em hebraico e também preservado em grego na Septuaginta: Melanina eimi Kai Kali. A conjunção gramatical, naturalmente, era menos importante que a conexão substantiva. Se, como estou expondo neste texto, a história da Interpretação da Bíblia não está restrita a tratamentos de sermões, mas também costuma ser assunto das Artes e da vida diária de milhares de pessoas, como a Madona Negra Czestochowa e Guadalupe (“Lá Moreira — A moreninha”)” demonstraram mais eloquente que quaisquer livros, a intuição exegética provou que, independentemente da tradução, a Virgem realmente era Negra e Bela. Isso também a tornou uma embaixatriz especial para vasta maioria da raça humana que não era branca.

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