MINHA BATINA
Com que alegria e juvenil transporte Eu te vesti, batina tão querida!… Nessa cor preta, que relembra a morte, Com voz tão clara, só me dizes – Vida!…
À teu pesado e desejado porte À epopéia de Cristo me convida!… E eu, que era fraco, já me sinto forte;… Era medroso, e só desejo a lida!…
Dentro de ti eu sinto-me guardado, Tal qual se fora intrépido soldado A combater de um forte baluarte!…
E eu juro a Deus, perante os céus e a Terra, Pois que a batina o meu futuro encerra: Minha santa batina, eu juro honrar-te!…
(Padre Manuel Albuquerque)
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