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O CULTO DOS SANTOS POR QUE SÓ A BIBLIA? Artigo 1°

O CULTO DOS SANTOS

POR QUE SÓ A BIBLIA?

Artigo 1°

Assegurando á SUA IGREJA que as portas do inferno não prevaleceriam contra ela, Jesus estava garantindo que ela jamais seria invadida pelo erro, porque seria de fato uma grande vitória do poder das trevas, se conseguisse transformar a Igreja de Deus Vivo de mestra infalível da verdade em propagadora do erro, ainda que fosse num só ponto de sua doutrina. As heresias de todos os tempos foram sempre fomentadas pelas potestades infernais, para ver se conseguiam realizar este ideal satânico. E entre as heresias que têm lutado contra a Igreja ocupa um lugar muito importante o Protestantismo.

Na ânsia de justificar a sua atitude, aparecendo no século XVI, a ensinar uma doutrina muito diversa daquela que a Igreja vinha ensinando desde muitos séculos, esforçam-se os protestantes por demonstrar que essa Igreja errou, ou melhor, encheu-se de erros, o que é o mesmo que dizer, esforçam-se por demonstrar que falhou miseravelmente A PROMESSA DE JESUS.

Nesta pretensa demonstração, eles recorrem a argumentos que não poderiam deixar de ser falhos e improcedentes.

Um deles é o seguinte: A Igreja está errada em tais e tais pontos que ela ensina, porque são COISAS QUE NAO ESTAO NA BÍBLIA.

Este argumento é falso, porquanto se baseia numa falsa suposição: a de que a bíblia tenha sido escrita para ser a nossa única regra de fé.

Cristo disse aos Apóstolos: PREGAI O EVANGELHO A TODA A CRIATURA (Mc 16, 15), não disse que o meio para conhecerem os homens a verdade religiosa era só e exclusivamente a leitura da Bíblia. Mandou-lhes ENSINAR A TODAS AS GENTES, prometeu-lhes a sua assistência neste ensino. E a ideia que fazem os protestantes é esta: Os Apóstolos pensaram assim: Cristo nos mandou ensinar, quer dizer que nós pregamos enquanto estamos nesta terra. E também escrevemos o Novo Testamento e o deixamos, para que cada um aprenda a doutrina Cristã, após a nossa morte.

Mas esta ideia é errônea. O Novo Testamento não foi escrito segundo este plano. Começa logo por não ter sido escrito só pelos Apóstolos: Marcos que escreveu o 2° Evangelho e Lucas que escreveu o 3° e os Atos dos Apóstolos, não haviam recebido a missão de ensinar a todos os povos. E vários Apóstolos, como S. Tomé, S. Filipe, S. Bartolomeu, S. André, S. Simão Cananeu, que foram para bem longe pregar a povos de línguas diversas, aos quais não seria fácil manusear o grego do NOVO Testamento, no entanto NENHUM LIVRO DA BÍBLIA DEIXARAM ESCRITO, não foi composto o Novo Testamento com a preocupação de ensinar a doutrina; e toda a doutrina; neste caso deveria ter seguido o método adequado, apresentando ordenadamente a matéria ponto por ponto e em linguagem clara e acessível a todos, a fim de que não se deixasse margem alguma para a dúvida; não teria tantos trechos de interpretação bem difícil. Conforme já explicamos, foram escritos os seus livros ocasionalmente, de acordo com as necessidades do momento. Deus os inspirou e de certo são eles a palavra escrita infalível que CONSOLIDA o ensino da Igreja e que lhe serve de orientação proveitosíssima neste ensino; são também os documentos, pelos quais a Igreja prova contra os hereges a sua legitimidade, a sua origem divina. Mas não há nenhuma palavra de Jesus, o qual deixou a Igreja com a missão de ENSINAR e num tempo em que não havia sido escrito nenhum livro do Novo Testamento, não há nenhum texto sagrado que nos indique que só devemos aceitar o ensino da Igreja, se ele estiver contido EXPLICITAMENTE na Bíblia. Antes, o que ela ensina, está também implicitamente recomendado pela Escritura Sagrada que a apresenta como COLUNA E FIRMAMENTO DA VERDADE (1T m 3, 15) e como detentora das divinas promessas. E muitas discussões, hesitações e controvérsias que há entre os próprios protestantes, por exemplo, a respeito do Batismo, do pecado original, do número dos sacramentos, etc., nascem precisamente disto: a Bíblia não oferece elementos suficientes para se resolverem definidamente estas questões; e os Protestantes, surgindo no século XVI e rejeitando toda a Tradição, querem resolvê-las exclusivamente pelos dados da Bíblia, ao passo que a Igreja Católica, vindo dos tempos apostólicos, está firme e segura na sua doutrina, porque sabe, pela tradição, qual foi o verdadeiro ensino que os Apóstolos legaram á Cristandade.

AS DECISÕES DOS CONCÍLIOS

. Queremos chamar a atenção também para um TRUQUE muito usual entre os protestantes, com o qual aqueles que conhecem mais um pouquinho de história da Igreja procuram enganar os incautos e inexperientes.

Quando vê AS SUAS DOUTRINAS serem negadas pelos hereges ou serem mal interpretadas, ou aparecem questões sobre os verdadeiros termos em que devem ser propostas e defendidas, a Igreja Católica nos seus concílios ecuménicos, isto é, universais, faz as solenes definições para esclarecer, eliminando qualquer dúvida, a fim de que se preserve A UNIDADE DA FÉ. Aproveitam-se disto os protestantes para dizerem que nesta ocasião foi a doutrina INTRODUZIDA na Igreja, o que é inteiramente falso. Foi o que se deu, para dar um exemplo, com o dogma da presença real de Cristo na Eucaristia. Está clarissimamente ensinado na Bíblia, sempre foi admitido pelos católicos, era um dogma que fazia parte da Vida dos cristãos, que comungavam, ouviam a Santa Missa, etc. Até o século XI nunca foi negado diretamente, nem mesmo pelos hereges. Quando aparecem seitas heréticas combatendo este dogma, a Igreja solenemente o define, como o fez no 4° Concilio de Latrão, em 1215. Dizer que 56 9.1 é que a doutrina foi introduzida na Igreja é uma enorme falsidade histórica; como é também inexato pensar que se é de fé para nos, católicos, o que é definido nos Concílios, pois é de fé para nos tudo quanto ensina a BÍBLIA, e a Igreja não vai definir os ensinos da bíblia versículo por versículo.

USOS E QUESTOES DISCIPLINARES

Outra observação que temos a fazer é a seguinte: Uma coisa é a DOUTRINA; e outra são as questões disciplinares, os usos e costumes e devoções, que podem variar de um século para outro, conservando-se inalterada a parte doutrinária. A Igreja é autônoma, tem o direito de impor leis que não sejam contrárias as leis divinas, tem o direito de governar-se a si mesma: Tudo o que ligares sobre a terra será ligado também nos céus, e tudo o que desatares sobre a terra será desatado também nos Céus (Mt 16, 19), foi dito por Jesus Cristo a Pedro, o chefe da Igreja. E o mesmo poder de ligar e desligar foi também concedido ao colégio apostólico (Mt 18, 18). Estes poderes persistem no sucessor de Pedro e naqueles que ocupam o lugar dos Apóstolos aqui na terra, como legítimos continuadores de sua missão.

A Igreja vai durar até o fim do mundo, em circunstâncias as mais diversas, no meio das mais diversas raças. Tem que conservar intacto, inalterado o depósito da fé, da sua DOUTRINA. Mas as leis disciplinares, pelas quais internamente se governa têm que variar de acordo com as circunstâncias. Os métodos de ensino, as devoções especiais os meios de apostolado, vão sendo pouco a pouco inspirados pelo Divino Espirito Santo que vela sempre sobre ela.

Querer, portanto, que por todos os séculos a Igreja tenha que restringir-se a fazer exclusivamente o que fizeram os Apóstolos, naqueles primeiros dias de sua história, dias, aliás, extraordinários, em que havia certos dons e carismas que seriam limitados àqueles primórdios, seria evidentemente um absurdo.

Põem-se então muitos protestantes a “demonstrar” que a Igreja Católica não é mais a Igreja de Cristo, porque em tal época impôs a obrigação do jejum na Quaresma, ou em tal época os padres começaram a usar vestuário diferente dos seculares, ou começaram a usar tonsura na cabeça, porque em tal época se começou a recitar o Rosário, a fazer procissão com o Santíssimo Sacramento ou a usar campainhas na celebração da Missa ou a acender velas nas igrejas, ou a canonizar os santos ou a usar o latim como língua litúrgica e nada disto havia no tempo dos Apóstolos [. . .] Os Pentecostais acham que a Igreja Católica não é a mesma Igreja de Cristo, porque nela os fiéis não recebem mais o Espirito Santo com o DOM DAS LÍNGUAS, como acontecia algumas vezes nos tempos primitivos [. . .]. E uma das provas mais evidentes que os protestantes vêem de que a Igreja não é mais a Igreja de Cristo é o Celibato eclesiástico. já tivemos oportunidade de falar sobre este assunto em outros artigos.

Permitia-se no tempo dos Apóstolos que os presbíteros, também chamados bispos, fossem casados e já explicamos por quê. Nestas circunstâncias, S. Paulo recomenda que só seja escolhido para bispo um homem que tenha sido esposo duma só mulher (l Tem 3, 2), não servindo para o cargo aqueles que já andaram ás voltas com muitas mulheres. E S. Paulo, note-se bem, afirma claramente que pratica o celibato e além disto o aconselha (1 Cor 7, 7-8), bem como ensina A DOUTRINA das vantagens da continência perfeita sobre o estado de matrimônio (1Cor 7, 25-35). Isto era doutrina do próprio Jesus, que alude àqueles que sacrificam seus instintos carnais POR AMOR DO REINO DOS CÉUS (Mt 19, 12). Pois bem, quando a Igreja resolveu só aceitar para sacerdotes aqueles que espontaneamente queiram fazer o voto de castidade perfeita, deixou por isto de ser a Igreja Verdadeira de jesus Cristo? [. . .]. Agora repare bem o leitor A LÓGICA PROTESTANTE. Os Apóstolos proibiram aos cristãos corner do sangue e da carne sufocada (At 15, 29). Tinham os cristãos que fazer como faziam os judeus: matar o animal, fazer escorrer todo o sangue para depois comer. NA Bíblia Não CONSTA A REVOGACAO DESTE DECRETO. Mais tarde a Igreja, com o seu poder de ligar e desligar, uma vez que não havia mais as razões pelas quais esta proibição tinha sido feita, resolveu revogar tal MEDIDA DISCIPLINAR imposta pelos Apóstolos. E no entanto os protestantes que acham que a Igreja tem que se limitar a fazer exclusivamente o que esta na Bíblia, que só admitem aquilo que se vê em letra de forma no Livro Sagrado, comem a came dos animais com o sangue, comem as carnes sufocadas, sem nenhum remorso, autorizados exclusivamente pela Igreja Católica!

O DESAFIO

Caros amigos protestantes:

Vocês querem provar que a Igreja Católica se deixou contaminar pelo erro e que é falsa a promessa de jesus Cristo de que as portas do inferno não prevaleceriam contra ela Sentem absoluta necessidade disto, porque precisam justificar a sua inegável posição de HEREGES, surgidos no século XVI, afastados da Igreja fundada por Cristo, a Igreja Católica, e combatendo dou trinas que a mesma vinha c vem ensinando desde muitos séculos, em toda a historia do Cristianismo. Não é assim? Pois bem, argumentem com a DOUTRINA. Provem que a Igreja ensina DOUTRINAS CONTRÁRIAS AS DOUTRINAS ENSINADAS NA SAGRADA ESCRITURA.

Dirão os protestantes:

Pois bem, está aceito o desafio. Vamos argumentar com a DOU’I’RINA da Igreja e mostrar que ela é contraria à doutrina do Evangelho. A Igreja presta culto aos anjos e aos santos, os considera como MEDIADORES entre Deus e os homens, pois faz orações aos anjos e aos santos, para que intercedam por nós. Ora, isto é doutrina condenada pela bíblia que diz assim: só HA UM MEDIADOR ENTRE DEUS E OS HOMENS, QUE É JESUS CRISTO HOMEM (1Tm 2, 5). Além disto, S. Paulo na sua Epístola aos Colossenses previne os fiéis contra o culto dos anjos (Cl 2, 18). E o Apocalipse nos narra duas vezes que S. João quis adorar o anjo, mas o anjo expressamente se recusou dizendo: Vê não faças tal: eu sou servo contigo e com teus irmãos que têm o testemunho de Jesus. ADORA A DEUS (Ap 19, 10; 22, 9). Logo, só Deus deve ser cultuado; só jesus é Mediador e, portanto, é contrário às Escrituras o culto dos anjos e dos santos. E, não contente com isto, a Igreja presta culto às imagens, adora-as, praticando uma idolatria que é tão insistentemente condenada pela bíblia, a qual também proíbe fazer imagens e prestar-lhes culto, mesmo que não seja de adoração: Não farás para ti imagem de escultura [. . ..] Não as adorarás, NEM LHES DARÁS CULTO (Ex 20, 4-5). Logo, a Igreja está em completo desacordo com a BÍBLIA.

Primeiro responderemos às objeções sobre o culto dos anjos; depois falaremos sobre Jesus Mediador, o que requer uma exposição um pouco mais extensa. E nos artigos seguintes falaremos então sobre o culto das imagens.

E verão vocês, protestantes, como estão completamente enganados em todos estes pontos.

NAVARRO, Lúcio, Legítima interpretação da Bíblia

Continua.

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