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O feminismo e a perversão da identidade da mulher

O homem e a mulher são biologicamente, psicologicamente, fisicamente, esteticamente, emocionalmente (…) diferentes um do outro. Isso não quer dizer que haja uma diferenciação hierárquica no sentido de quem é melhor, mas no sentido de que são diferentes. O mundo moderno, com sua tara idolátrica pela igualdade, não consegue compreender a beleza de seres diferentes que se completam justamente por não serem iguais. A própria analogia entre o corpo humano e a Igreja como corpo de Cristo, como descrita nas Escrituras, parte do princípio da não-igualdade entre os membros. Todos faziam parte do corpo, mas cada um era diferente e tinha sua própria importância no todo. As feministas se revoltam contra a ordem da criação dada por Deus. Como Evas no Éden, acreditam que, no lugar de Deus, elas poderiam ter ordenado o mundo melhor do que Ele. Tentam mudar a ordem real das coisas, adaptando o mundo aos seus cacoetes ideológicos, moldando o homem à sua própria ideia distorcida de realidade, modificando a sociedade e tudo o mais, sem nunca, em hipótese alguma, pensar em mudar a si mesmas.

O feminismo se revolta contra a realidade, dizendo que essas diferenças foram criadas pelo patriarcado machista/fascista/opressor, e despeja todo seu vocabulário ideológico piamente decorado em cima de quem discorda das suas insanidades. Ao buscar se refugiar num movimento de massa que as anula como indivíduo, massificando seu pensamento e ação, a mulher nega a sua própria natureza.

Todo movimento ideológico que busca vitimizar um determinado grupo, amassa sua dignidade individual apenas para surgir como um salvador dos oprimidos. Quem nunca ouviu os chavões feministas “ se não fosse o feminismo, a mulher não poderia trabalhar, pensar, usar calças…”. É exatamente nesse papel de “salvador dos oprimidos” que elas se apresentam, por isso se faz necessário o papel de vítima, pois se não existe ninguém para salvar, não haveria necessidade de um salvador. E para salvar os oprimidos, as feministas se manifestam contra a figura do homem, os elegendo como o bode expiatório, que precisa ser sacrificado para o bem da causa. Não estamos falando de um sacrifício real de um homem, mas da ideia da figura masculina. A desconstrução do papel do homem é ponto central do dogma feminista. Não raro vemos essas feministas lançarem seus ataques a questão da submissão da mulher no matrimônio e a figura do homem como líder de sua família. Elas buscam a desconstrução dos padrões dados por Deus, para com isso colocarem os seus próprios, fazendo-se assim, semelhantes a Deus.

É claro que houve e ainda há lutas legítimas e necessárias ao longo do tempo, mas quem esteve livre de qualquer sofrimento e injustiça nesse mundo caído e pecaminoso?

Quantos homens não morreram porque foram às guerras para defender sua pátria? Quantos não morreram em trabalhos insalubres e perigosos para prover para sua família? Quantos não foram privados de educação por sua condição econômica, étnica ou religiosa? Os homens correspondem à maioria dos moradores de rua e casos de suicídio no mundo inteiro, mas nem por isso há um movimento “masculinista” os vitimizando e dizendo o quanto eles são coitadinhos. O mal, o sofrimento e a injustiça existem, e abarcam toda a realidade, não poupando a nenhum dos sexos.

O que essas feministas não entendem é que o mal é fruto do pecado que corrompeu o coração do homem, e somente Cristo pode redimi-lo, não uma mera ideologia secular.

O feminismo foca em meios errados para alcançar um fim, o que tem deixado as mulheres confusas sobre si mesmas e sobre o seu papel no mundo.

Como promover o sexo livre, relacionamentos abertos, aborto, divórcio e relativização de moralidade pode trazer ganhos a dignidade feminina? Como a exaltação da imoralidade pode ser melhor que a exaltação das virtudes? Como vitimizar a mulher pode tornar sua vida melhor? Como um movimento dito “pela mulher”, que historicamente sempre esteve alinhado à pautas progressistas e anti-cristãs, pode representar as mulheres conservadoras, religiosas ou que simplesmente discordam de seus meios de ação?

E nem queiram as feministas dizer que não é sobre isso que o movimento trata, pois as mais influentes escritoras e responsáveis pelo corpo intelectual do movimento sempre defenderam com vigor tais pontos, como as famosas Simone Beauvoir, Kate Millett, Betty Friedan, Margareth Sanger, Shulamith Firestone e tantas outras.

Se você não concorda com elas, então talvez você não seja uma feminista, e só foi enganada pelo mau uso do termo e o sofismo do discurso.

O cristianismo ensina sobre muitas coisas, inclusive sobre a natureza humana e suas formas de se relacionar. O feminismo só ganha força onde o cristianismo se enfraquece. Homens fracos, displicentes, imaturos e pouco parecidos com Cristo, esses também ajudaram a criar um mundo distorcido que alimentou a desilusão e o ódio, do qual tais feministas usaram como combustível para impulsionar suas ideias.

Toda ideologia que se alimenta do ódio, ressentimento e divisão não pode ser vista com bons olhos. De fato, a ideologia é uma ilusão, é a vontade de imprimir na realidade suas visões, e não receber dela o que lhe é dado. É a filosofia da ação prática, que busca mudar o mundo e transformar a natureza do homem. Mas nunca, em nenhum momento da história, isso funcionou.

O ideal cristão é a “Imitatio Christi”, a imitação de Cristo, onde o ideal de virtude e beleza é cada vez mais se aproximar da imagem da pessoa de Cristo. Assim como o apóstolo Paulo nos diz para sermos imitadores dele, pois ele o era de Cristo, somos convocados para agir como tal. Como a Escritura diz: “ Não há judeu nem grego, escravo ou livre, homem ou mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.”

Uma frase atribuída a C.S Lewis nos diz que “O coração de uma mulher deve estar tão próximo de Deus, que um homem precisa aproximar-se Dele, para alcançá-lo.”

Por se afastarem da Palavra de Deus, homens e mulheres se entregaram à idolatria da ideologia, substituindo assim a Verdade eterna de Deus por meros conceitos e ideias.

Todo conjunto de crenças possui uma raiz que é a base fundamental de todo prédio que se ergue sobre ele. No cristianismo, é a história do Deus que se fez carne e morreu como sacrifício pelos pecados do seu povo, para trazer redenção a um mundo caído. No feminismo, um conjunto de mulheres ressentidas, amarguradas e cheias de insatisfações com a vida buscam fornecer as mulheres sua própria redenção, baseada nas suas obras de subversão da identidade feminina, pervertendo seu entendimento sobre sua natureza e seu papel no mundo. As mulheres são muito mais que meros instrumentos de ação política ou ideológica, são criadas a imagem e semelhança de Deus, foram feitas para cumprir seus propósito dado pelo Criador, e somente elas cumprem um dos mais belos atos de amor que o mundo já viu, dar a luz. Como diz a filosofa Alice Von Hildebrand:

“Uma coisa é certa: quando chegar a hora, nada do que tiver sido produzido pelo homem subsistirá. Um dia, todas as realizações humanas serão reduzidas a um monte de cinzas. Por outro lado, todas as crianças nascidas de mulher viverão eternamente, pois a elas foi concedido uma alma imortal, feito a imagem e semelhança de Deus. Sob essa luz, a afirmação de Simone de Beauvoir de que ” as mulheres não produzem nada”  mostra-se especialmente ridícula.” (O privilégio de ser mulher, Alice Von Hildebrand)

Ramon Serrano

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