top of page
Foto do escritorwww.intervencaodivina.com

O MISTÉRIO DA SANTÍSSIMA TRINDADE

O MISTÉRIO DA SANTÍSSIMA TRINDADE

O auge do desenvolvimento doutrinal da Igreja Primitiva foi o Dogma da Trindade. a igreja, nesse Dogma, vindicou o monoteísmo que tinha estado em debate em seu conflito com o Judaísmo e lidou com o conceito de Logos, sobre o qual tinha disputado com o paganismo. O elo entre a criação e redenção defendida pela igreja contra Marcião e outros gnósticos, recebeu condição de Credo na confissão referente a relação do Pai com o filho; e a doutrina do Espírito Santo, cuja imprecisão foi acentuada pelo conflito com o montanismo, foi incorporada nessa confissão. A doutrina, criada, ensinada e confessada pela igreja católica nos séculos II e III também levou à Trindade, pois o cristianismo, nesse Dogma, traçou a linha que a separava do sobrenaturalismo pagão e reafirma seu caráter como religião da salvação. No entanto, essa declaração sobre a relação dogma niceno da Trindade nos séculos precedentes deu a impressão superficial de um abrandamento maior que os fatos justificavam, pois a fórmulação e a reformulação do dogma foram trazidos à tona pelo debate doutrinal mais rigoroso que qualquer outro já vivenciado pela igreja. A questão central nesse debate é firmado de forma concisa como se segue: “É o divino que aparece na terra e reúne o homem com Deus idêntico ao Divino Supremo e o que governa o céu e a terra, ou é um semideus”? (Harnack [1905], P.192). A carreira de Atanásio foi dominada pela história da controvérsia. E se tornou Bispo de Alexandria e campeão da ortodoxia em 328, três anos depois do Concílio de niceia, e morreu em 373, oito Anos Antes do Concílio de Constantinopla. contudo, em vez de falarmos da conversa de uma forma rigidamente cronológica, vamos nos concentrar as questões doutrinárias, nas posições conflitantes e nas declarações de Credo. Essa concentração também possibilita qualquer referência, exceto as mais Breves, a fatores não teológicos do debate, muitos dos quais pareciam vez após outra preparados para determinar seu resultado e só para ser revogados por outras forças similares a si mesmo. A doutrina com frequência parecia ser a vítima ou o produto da política da igreja e dos conflitos de personalidade quando nos Voltamos para o estudo do desenvolvimento da doutrina da trindade em seus próprios termos Não ligamos esses fatores a uma posição de insignificância, mas só os delegamos A Outra área de pesquisa histórica.

COMO A SANTÍSSIMA TRINDADE HABITA EM NOS Deus, ensina Santo Tomás de Aquino, está naturalmente nas criaturas de três maneiras diferentes: por potência, neste sentido que as criaturas estão sujeitas ao seu império; por presença, portanto, vê tudo, até os mais secretos pensamentos da nossa alma, ” todas as coisas estão desnudas e Patentes aos seus olhos”; por Essência, porquanto, opera em toda a parte, e em toda parte é a plenitude do ser e a causa primeira de tudo quanto há de real nas criaturas, comunicando-lhes sem cessar não somente o movimento e a vida, senão também o mesmo que ser: “é nele que temos a vida, o movimento e ser atos 17:28”. Mas a sua presença em nós pela graça eu dei uma ordem muito superior e mais íntima. não é somente a presença do Criador e do conservador que sustenta os seres que criou; é a presença da Santíssima e Adorabilíssima Trindade que a fé nos revela: o pai vem a nós e em nós continua a Gerar o seu verbo; com ele recebemos o filho, perfeitamente igual ao pai, imagem sua viva e substancial, que não cessa de amar infinitamente a seu pai como é dele amado; deste amor recíproco procede o Espírito Santo, pessoa igual ao pai e ao filho, laço muito eles ambos, e contudo distinto de um e de outro. que de maravilhas se não renovam uma alma em estado de graça! O que caracteriza esta presença é que Deus não somente está em nós, senão que se nos dá, para dele podermos gozar, conforme a linguagem dos nossos livros Santos, podemos dizer que, pela graça, Deus se nos dá, como pai, como amigo, como colaborador, como santificador, e que assim é verdadeiramente o próprio princípio da nossa vida interior, sua causa eficiente e exemplar. Na ordem da natureza, Deus está em nós como criador e soberano Senhor, e nós não somos senão seus servos, propriedade é coisa sua. Mas na ordem da Graça, dá-se-nos Ele como, nosso pai, e nós somos seus filhos adotivos privilégio maravilhoso que é a base da nossa vida Sobrenatural. É o que repetem constantemente São Paulo e São João “não recebemos um espírito de escravidão para viverdes ainda no temor mas recebestes o espírito de adoção pelo qual clamamos Aba Pai o espírito mesmo dá testemunho ao nosso espírito que somos filhos de Deus” (Romanos 8 15 16) Deus adota-nos, conseguintemente, por seus filhos, e de um modo muito mais perfeito que os homens o fazem pela adoção legal. Estes podem Sem dúvida, transmitir muito bem a filhos adotivos o nome e os bens mas não é sangue e a vida.”A adoção legal, diz com razão O Cardeal mercier, é uma ficção. O filho adotado é considerado pelos pais adotivos como se fosse seu filho e recebe dele na herança à qual houvera tido direito o fruto da sua união; a sociedade reconhece esta ficção e sanciona os seus efeitos; contudo o objeto da ficção não se transforme em realidade… A graça da adoção Divina não é uma ficção… é uma realidade. Deus outorga àqueles que têm fé no seu verbo a filiação Divina, diz São João: “a todos aqueles que o receberam aos que crêem no seu nome deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus” (João 1. 12). esta a filiação não é nominal é efetiva: “para que sejamos chamados filhos, e nós o somos” (São João 3, 1) entramos em posse da natureza divina: “participante da natureza Divina” (2Pedro 1,4.) COMO A SANTÍSSIMA TRINDADE HABITA EM NÓS É certo que esta vida divina, não é em nós mais que uma participação, “consortes”, uma semelhança, uma assimilação de faz de nós, não deuses, mas seres deiformes. mas nem por isso é menos verdade que é, não uma ficção, se não a realidade, uma vida nova, Não igual, senão semelhante à de Deus, e que segundo o testemunho dos nossos livros Santos, supõe uma nova geração ou regeneração: “Quem não renascer da água e do espírito santo, não poderá entrar no reino de Deus” (Jo 3,5), “mediante o batismo da regeneração e renovação, pelo espírito santo”(Tt. 3,5), “regenerou-nos em nova esperança” (1Pd 1,3), ” por sua vontade é que nos gerou pela palavra da verdade”(Tg1,18). Todas estas expressões mostram que a nossa adoção não é puramente nominal, senão verdadeira e real, se bem que é muito distinta da filiação do verbo encarnado. É por isso que de pleno Direito somos constituídos Herdeiros do Reino Celeste co-herdeiros daquele que é nosso irmão mais velho: “herdeiros de Deus, co-herdeiros de Cristo, para que ele seja o primogênito de uma multidão de irmãos”(Tem. 8, 17-20). Não é para repetirmos as palavras tão enternecedoras de São João: “vistes que caridade a do pai, para que sejamos chamados filhos de Deus – e nós o somos”(1Jo2,1). Deus terá, Pois, para conosco a dedicação, a ternura de um pai. ele mesmo se compara à mãe que jamais pode esquecer o seu filhinho: “pode uma mulher esquecer-se daquele que amamenta? Não ter ternura pelo fruto das suas entranhas? E mesmo que ela esquecesse, eu não te esqueceria nunca” (Is49,15). Sem dúvida, Ele mostrou de sobra, pois que, para salvar os seus filhos perdidos, não hesitou em dar e sacrificar o seu filho unigênito: “tanto amou Deus o mundo, que deu seu filho unigênito, para que todos os que crerem nele não pereçam, mas tenham vida eterna”(Jo 3,16). É neste mesmo amor que o leva a dar-se todo, desde agora e de modo habitual, a seus filhos adotivos, habitando em seus corações: ” se alguém me ama, guardará a minha palavra e meu pai o amará, e nós víremos a ele e nele faremos nossa morada (Jo 14, 23). Há, pois, em nós como pai que ama ao extremo os seus filhos e dedicadíssimo.

1 visualização0 comentário

Posts Relacionados

Ver tudo

Comments


bottom of page
ConveyThis