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Princípios cristãos para os relacionamentos

Princípios cristãos para o namoro, noivado e casamento.

Talvez você se surpreenda, mas não existe base bíblica para o namoro. Não há nenhum versículo em toda a Escritura que possa ser usado para validar essa forma de relacionamento.

Mas precisamos ser honestos, o namoro nos tempos bíblicos não existia. O máximo que ocorria era um breve noivado, geralmente firmado pela família dos envolvidos, com base em interesses externos; como status, negócios, dinheiro, trabalho e etc. O noivado era um pré-casamento, um compromisso firmado publicamente entre o casal e suas famílias.

Apesar da Bíblia não trazer nada sobre namoro, ela fala do casamento, que seria o fim esperado de um namoro. As mudanças culturais ocorridas ao longo dos anos, não invalidam os princípios ensinados pelas Escrituras. Precisamos julgar essas mudanças à luz da Bíblia, não ao contrário, como muitos fazem, tentando “atualizar” a Bíblia para se adaptar ao espírito da época.

O que iremos fazer nesse estudo, é utilizar os princípios bíblicos que regem o casamento, e aplicá-los de forma proporcional ao namoro e noivado. Já que, partimos do pressuposto que o namoro entre cristãos deve ser uma preparação para o noivado e posterior casamento.

Vamos abordar em 3 partes: O relacionamento segundo os princípios seculares, o jugo desigual e o que seria um relacionamento para a glória de Deus.

O namoro segundo o mundo: A contaminação da mente

Segundo dados do IBGE, o número de casamentos vem diminuindo ano a ano, e a taxa de divórcio só tem aumentado. Além do mais, a média de tempo de casamento tem apresentado queda, comparada com 10 anos atrás.

Todo casamento hoje em dia já foi um namoro. E como as pessoas passaram das juras de amor eterno no namoro ao divórcio?

Um namoro segundo princípios seculares, é levado por visões distorcidas de relacionamento, muitas vezes influenciado por padrões irreais de homens ou mulheres vistas em filmes e novelas, onde as pessoas vivem uma vida de mentira, num cenário de mentira, com sentimentos de mentira, mas que geram impacto em pessoas de verdade.

Como já discutido em um estudo sobre a pornografia, é comprovado que imagens são poderosas em formar conexões no cérebro, que irão moldar padrões de comportamento em nossa vida.

Essa visão secular de relacionamento irá gerar desdobramentos, como vemos tão claramente em nossa cultura, as mais comuns são; o relacionamento sexual ilícito (porneia) e relacionamento homo afetivo.

A porneia é a famosa fornicação, que nada mais é do que relação sexual ilícita. Mas o que seria ilícito? Toda e qualquer forma de relação sexual fora da esfera do matrimônio heterossexual. E não adianta usar de atalhos para tentar driblar a definição do termo, porneia engloba não somente o ato, mas tudo que o envolve.

Em 1 Coríntios 7:2, O apóstolo diz: “Mas, por causa da fornicação (porneia), cada um tenha a sua própria mulher, e cada mulher tenha o seu próprio marido. (1 Coríntios 7:2) Para evitar a porneia, cada um deve ter seu próprio marido ou mulher, pois somente nesse ambiente a relação seria lícita.

Portanto, Paulo já pressupõe a união entre sexos diferentes para o casamento, pois ele chama de “vergonhosa e desonra” (Romanos 1:27) a união sexual entre pessoas do mesmo sexo.

O relacionamento sem os padrões estabelecidos por Deus, seguirão outros padrões, segundo os desejos pecaminosos de cada um as suas influências culturais. E se o namoro não é encarado da forma correta, o casamento também não vai ser.

O jugo desigual

A Bíblia também traz um tema bem importante e atual, o relacionamento entre um crente e um descrente. Vimos que os relacionamentos seguem os compromissos dos corações dos envolvidos, os crentes têm o compromisso com o Evangelho, os descrentes com qualquer outra referência.

O nosso compromisso com certos pressupostos, moldam nossa visão de mundo, enxergamos tudo de certa perspectiva, que consideramos boa, justa e aceitável. Esse compromisso da nossa cosmovisão, são como óculos, que olhamos tudo ao nosso redor. Mas e quem usa um “óculos” diferente? Será que ela irá enxergar do mesmo modo que nós? Sabemos que não, por isso a Bíblia adverte:

“Não vos prendais a um jugo desigual com os descrentes”.(2 Coríntios 6:14)

E o que é o esse jugo?

O jugo era usado para atar os bois para arar o campo. Se o jugo que os unia ficasse desigual, os bois não trabalhariam direito, ficariam inadequados ao serviço. E é exatamente essa analogia que Paulo quer demonstrar, a da inadequação.

Nos prender a uma pessoa que possui outra cosmovisão, é inadequado, pois ela terá outro conjunto de valores, pensará de outra forma, agirá diferente e não terá razões para aceitar os padrões bíblicos de um relacionamento. Por exemplo, se como vimos, relação sexual fora do casamento é errado, e hoje em dia é uma prática que tem se tornado comum, por qual razão essa pessoa se submeteria a isso, se para ela não é errado?

Embora o namoro seja um prenúncio do casamento, ele ainda não é, um namorado não tem autoridade sobre a namorada, nem ela lhe deve a submissão que a Bíblia ensina. Sempre que fala sobre submissão ou autoridade, Paulo se refere claramente à condição de marido e mulher. Como duas pessoas com visões tão diferentes, podem entender e aplicar os ensinos bíblicos no relacionamento?

Namoro para a glória de Deus

Como vimos até agora, os relacionamentos que não seguem os padrões de Deus não se adequam a nossa visão cristã. Achar que “conhecer” o mundo irá trazer uma melhor experiência para os relacionamentos é um grande engano. A experiência do pecado jamais proporciona vantagens, muito menos um padrão correto. Ela somente contamina a sua mente e distorce a verdade de Deus.

O namoro cristão deve ter um objetivo claro, o casamento. Se o namoro não possui esse objetivo, é pura perda de tempo, e provavelmente vocês só estão desperdiçando tempo juntos, dando ocasião para o pecado.

Para ter um namoro para glória de Deus, vejam o exemplo do que Deus estabelece para o casamento. “ Maridos, amem suas mulheres, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se a si mesmo por ela para santificá-la.” (Ef 5:25)

Algumas coisas merecem atenção. No imperativo de amar as mulheres, Paulo usa o amor “agape”, o mesmo amor quando ele se refere ao de Cristo pela Igreja. Tanto que a comparação é a mesma, amar as mulheres, “assim como” Cristo amou a Igreja.

E o que Cristo fez por amor pela Igreja?

Amou-a até o fim, se sacrificou, suportou seus pecados, perdoou, teve misericórdia, redimiu, cuidou, guardou, fez perseverar. Esse é o papel do marido em um casamento, é isso que a Bíblia exige dele.

Das mulheres também é exigido algo custoso. “Mulheres, sujeitem-se a seus maridos, como ao Senhor.” (Ef 5:22) A submissão é algo que esmaga os egos, destrói a pretensa autonomia e humilha nossa vontade. Mas é exatamente assim que nos aproximamos de Deus, quando nós diminuímos e Ele cresce. Portanto, no casamento os dois estão debaixo das exigências de Deus, os dois devem se sacrificar, os dois devem buscar obedecer a Cristo.

Se o namoro é o prenúncio do casamento, durante o namoro, e até mesmo antes, é possível avaliar certos aspectos importantes do relacionamento com base no que vimos.

Por exemplo, como já falamos sobre o jugo desigual. Se o namoro já começa com esta diferença primordial de cosmovisão, o casamento será difícil. Pois o casal não conseguirá seguir certos princípios fundamentais para um bom relacionamento, como por exemplo, o desenvolvimento e crescimento espiritual. Como o casal irá orar juntos, buscar auxílio do Senhor, se um deles não acredita, ou serve a outros deuses?

O casamento é cumplicidade em todas as áreas da vida. Seu melhor amigo é seu marido/mulher, por isso, no namoro, o casal já deve aprender sobre isso. Se o homem fica mais à vontade para expor seu coração a outra mulher, e vice-versa, há algo de muito errado nesse relacionamento.

Alguns problemas de comunicação também são barreiras importantes a serem analisadas. Se o homem/mulher tem uma forma agressiva ou desrespeitosa de falar, não espere que isso mude só porque irão casar. O casamento não faz mágica com os defeitos de ninguém, apenas uma mudança de coração em Cristo tem esse poder.

Pois até quando estamos certos, há uma forma correta de expor a verdade. A Bíblia nos ensina duas coisas. A seguir a verdade em amor. Efésios 4:15) E que há sempre a hora e o modo apropriado para lidar com cada situação ( Ecle 8:6).

E como último ensino antes de irmos para a conclusão, não transforme seu relacionamento em um ídolo. Achar que quando encontrar uma namorada, quando casar, quando noivar, aí sim você será feliz, é idolatria. Nossa satisfação não está nessas coisas. Se o que é buscado no relacionamento é ganhar o coração do outro, você já construiu o seu altar a outro deus. Jesus diz: Aquele que ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim. (Mat 10:37) Se isso vale para os pais, que temos o mandamento de honrar, imagina para namorados e outros casais?

Conclusão:

Como vimos, há diferentes princípios que servem de fundamento para os relacionamentos, para que eles sejam, não segundos os padrões seculares, mas segundo a sabedoria ensinada nas Escrituras.

O casamento, embora não seja um mandamento, ele é algo santo, que deve ser preservado das influências pecaminosas externas. Por isso, se você é solteiro, noivo ou ainda namora, entender os princípios bíblicos do casamento é essencial, pois é através deles que você deve levar seus relacionamentos.

Para entender a importância do casamento, não podemos nos esquecer. A história do mundo começa com um casamento, Adão e Eva, que devido ao pecado, não foram um modelo a ser seguido.

Mas a consumação de todas as coisas, terminará também com um casamento, o de Cristo e sua Igreja. Isso mostra que o casamento representa muito mais do que normalmente se pensa. Muito mais do que a nossa cultura dá valor.

O verdadeiro casamento é baseado no amor, não no amor eros, sentimental e passageiro, mas no amor de Cristo, que é profundo, doador e sacrificial, e que não busca a si mesmo.

Portanto, se o namoro é a preparação para um casamento, o casal deve estar ciente e buscar todas essas coisas. A começar pela principal, o próprio Cristo. 

Autor: Ramon Serrano

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