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RAZÕES DO ÊXITO DAS MENTIRAS SOBRE A INQUISIÇÃO E A IGREJA


RAZÕES DO ÊXITO DAS MENTIRAS SOBRE A INQUISIÇÃO E A IGREJA

A imprensa

“Os protestantes, que haviam impregnado com sucesso a imprensa para difundir suas ideias, tentara ganhar a guerra que não podiam ganhar pelas armas

– Thomas Madden” (Thomas Madden em um artigo “The Real Inquisitivo”, 2004)

“Já ouviu o ditado que diz que a gota escava a pedra? Pois bem; uma má publicação é também uma gota, mas uma gota de veneno corrosivo capaz de estragar os corações da melhor têmpera, sobretudo se os encontra desprevenidos; é uma gota, mas gota que cai sem cessar dia após dia, sabendo que a constância, tanto para o bem quanto para o mal, opera prodígios. E se a publicação, embora perversa, sabe apresentar-se com os enfeites de palavras bonitas e com o atrativo do gracejo, torna-se então uma gota de veneno açucarada, que tragará não apenas com facilidade, mas até mesmo com delicia todos aqueles que neste mundo não costumam guiar-se por outro critério que não o do paladar, que são inúmeros.

(Félix Sardá y Salvany)”


É um fato indiscutível que a imprensa foi uma das invenções de maior destaque realizadas pelo homem, principalmente por possibilitar a difusão maciça da cultura que outrora estava reservada a uns poucos privilegiados. A imprensa de Gutemberg — que com algumas variações é semelhante à atual — permitiria a edição de centenas de cópias de um livro em pouco tempo e a um custo baixo. Porém, como aconteceu não poucas vezes na história, algumas invenções foram empregadas para um fim totalmente oposto àquele concebido originalmente. Assim, a imprensa – a fonte da informação – logo se converteria em uma “máquina difamadora” dos inimigos daqueles que então detinham sua posse. Como observa o historiador V. Pinto Presto, Lutero havia colocado o potencial de difusão da imprensa a serviço da polêmica religiosa.


Apenas entre 1517 e 1520, venderam-se 300.000 exemplares de trinta escritos de Lutero, muitos deles panfletários: “A imprensa foi logo utilizada pelos reformadores, como um instrumento privilegiado para a difusão de suas ideias. As imagens que todos temos dos tormentos inquisitoriais, e que vimos nos livros de escola — comenta Vittorio Messori — foram impressas em Amsterdam e Londres, com o apoio da propaganda protestante, no âmbito da luta contra a Espanha pela hegemonia no Atlântico” (Vittorio Messori, As voltas com a Inquisição, 1983, PG. 270).


É conhecido o papel decisivo que tiveram na imprensa os agiotas judeus, inicialmente associados a Gutemberg e pouco depois tomando totalmente posse dela, quando o inventor alemão não conseguiu pagar os juros usurários que seus antigos sócios lhe exigiam.


Diz o historiador norte-americano Philip Powell que os judeus “empregaram seu poder dentro da indústria editorial, tanto para apoiar os holandeses em sua luta quanto para espalhar as críticas contra a Espanha’ (Powell, Philip Wayne, Tres of Bate, Valecito, Califórnia, 1985). [Nota: A imprensa foi inventada por Gutemberg em 1454. Embora fosse uma invenção chinesa, foi com ele que adquiriu a modalidade atual de poder fazer rapidamente várias cópias de uma mesma vez a um custo baixo].


A imprensa será, tanto para protestantes quanto para judeus, como reconhece o informativo da BBC de Londres que em breve mencionaremos, uma espécie de Deus ex-machina de salvação: espada dourada que lhes permitiria ferir, com certo êxito, a imagem da Espanha e da Igreja no mundo.


A quinta coluna e o financiamento judeu


Naturalmente, alguém devia financiar as caríssimas campanhas de difamação que emanavam às centenas de milhares de gráficas, bem como sua distribuição. Sobre isto, não há muitas dúvidas: os judeus, que sentiam uma especial aversão contra a Espanha, ofereceram-se de bom grado para financiar a revolução protestante.


Assim o admite o historiador judeu Lucien Wolf, dizendo que “os judeus fingiam ser calvinistas, isso lhes dava novos amigos que coincidiam com eles na inimizade contra Roma, a Espanha e a Inquisição (…); e o resultado foi que se tornaram aliados zelosos e eficazes dos calvinistas”( Thomas Walsh, Felipe II, pg.274-275 [o historiador americano, citando o historiador judeu Abaham, diz que judeus como Elias Levita, Jacobo Liane e Obediah Afirmo, tiveram grande participação na origem da reforma protestante, Cecil Roth corrobora está informação em sua História dos marranos, Atalena Editores, Madrid, 1979, pg.175].


Além do financiamento, proporcionaram ajuda logística aos inimigos da Espanha, através da “quinta-coluna” que lá formaram historicamente.

É preciso ter em conta o receio e o ódio que os judeus guardavam contra a Espanha e a Igreja — especialmente após o decreto de expulsão — para compreender sua atitude beligerante, embora convenha notar a este respeito um fato raramente mencionado, isto é: que não apenas os judeus expulsos tiveram parte ativa no plano de desmembrar a Espanha. O ressentimento anti-hispânico não “nasce” somente dos judeus expulsos da Península, mas, como expõe o historiador argentino



Kiznitzky, o grosso dos sefarditas instalados em Amsterdam [Judeus originários de Portugal e Espanha], berço da propaganda antiespanhola, eram conversos ou descendentes de conversos espanhóis e portugueses que, por uma razão ou outra, haviam decidido emigrar para a Holanda muito antes de 1492. Fatos como estes

obrigam-nos a discordar daqueles historiadores que desculpam e creem compreensível a atitude hostil e agressiva dos judeus pois, como vemos, o ódio fatal destes contra a Igreja Católica e a Espanha data de muito antes.


Ódio infundado e inexplicável, [Não esqueçamos que entre os judeus foram justamente os sefarditas os principais propagandistas. Os judeus “holandeses” editavam duas das publicações mais importantes na região:

A Gazeta de Amsterdam, publicada pela comunidade sefardita holandesa entre 1675

1690; e Noticias Principais e Verdadeiras, surgida em Bruxelas entre 1685 e 1704. Adolfo Kurznitzky, A Lenda Negra da Espanha e os Marranos, El Emporio Ediciones, Córdoba (Argentina), 2006, p. 46. A obra de Kuznitzky, embora esteja bem documentada e possua analises muito interessantes, guarda algumas importantes contradições e imprecisões. Por exemplo por um lado acredita que seja justificado o rancor dos judeus (por terem sido expulsos, rancor refletido em sua intensa atividade antiespanhola”), e depois nos diz que a maior parte dessa propaganda foi levada a cabo não pelos judeus que haviam sido expulsos da Espanha, mas por aqueles que residiam na Holanda havia várias gerações].


Se temos em conta o cuidado e os bons tratos que receberam na Espanha, tanto por parte dos monarcas quanto pela Igreja em geral, para muitos, certamente, o poder da imprensa seria uma revanche. Basta lembrar os nomes de Reuchlin, Melanchton, Ponce de la Fuente, Cazalla, Pérez, Luis León, todos de origem judia e fundamentais para a consolidação da

Reforma. É o que reconhece García Cárcel, assinalando que após os estudos feitos por Kaplan, Yerushalmi, Mechoulan e Contreras,

“ficou claramente demonstrada a importância que tiveram os judeus exilados da Espanha na configuração da imagem negativa do país”[Dá alguns exemplos, que somamos aos anteriores: Benzion Arroyo, Frei Vicente Rocamora, Paulo de Pina, Manuel Sueiro, David de Prado, Daniel Levi de Barrios, etc; todos de origem judia, foram fundamentais no desenvolvimento da lenda negra anti-hispánica. Conferir: García Cárcel, A Lenda Negra, História e Opinido, Ed. Alianza, Madrid, 1998, p.83]


Para confirmá-lo, há a este respeito esclarecedores pronunciamentos de diversos historiadores. O experiente historiador espanhol Ricardo de La Cierva escreve em sua obra O terceiro templo: “Com seus três postos avançados em Amsterdam, Londres e Nova

York, os judeus de Amsterdam, em boa parte descendentes daqueles expulsos da Espanha pelos Reis Católicos, meditaram e planejaram durante décadas sua vingança contra a Espanha.


Este é um importantíssimo ato do drama estratégico mundial da Idade Moderna, e que não foi estudado apesar de seu enorme interesse”. Acrescenta o crítico Salvador de Madariaga, em “O auge e o ocaso do Império espanhol na América”, que “os judeus tiveram parte importante na desintegração do Império espanhol (..). Sua atividade contra a Espanha polarizou-se nos dois campos mais importantante da vida espanhola: o religioso e o imperial. Os judeus foram assíduos disseminadores da Reforma; não tanto por um interesse sincero por ela em si, mas porque significava cisma e divisão na fé rival”. Os conversos portugueses de Amberes deram um poderoso estímulo ao luteranismo desde seus primeiros dias. Já em 1521 tinham um fundo para imprimir castelhano. Observa Julio Caro Baroja — sobrinho do escritor Pio Baroja Nessi — em sua obra “Os judeus na Espanha moderna e contemporânea”: “pode-se dizer que foi das famílias judias espanholas e portuguesas que se fixaram na Holanda, Inglaterra e outras partes desde meados do século XVII até meados do século XVIII que surgiu em grande parte, o corpo de doutrina sobre a Inquisição, a monarquia espanhola, etc., que foi aceito na Europa protestante até nossos dias: o marrano buscou uma forte e justificada vingança contra seu país de origem em todas as ocasiões que pôde”. Se contra os visigodos os judeus haviam se aliado aos árabes, agora, contra a monarquia espanhola, seus descendentes aliavam-se aos turcos, ora aos holandeses, ora aos ingleses, e até nos tempos de Richelieu, de maneira mais privada, aos franceses. Os fatos são conhecidos, e não é preciso justificativas dos defensores de Israel para conhecê-los em toda a sua extensão. Em certas manobras diplomáticas dos turcos contra Espanha intervieram judeus fugidos da península do século XVI. Posteriormente, os conversos do Brasil, relacionados com os judeus de Amsterdam, secundaram os planos holandeses em seus ataques a portos daquele país, defendidos por portugueses e espanhóis.


Sabem-se, inclusive, os nomes dos que

agiram como espiões e especialistas no ataque à Bahia (1623), na invasão de Pernambuco, etc.


Acrescenta que: “Uma extensão desta espionagem foi a estreita relação entre os sefarditas holandeses e o estabelecimento de seu povo na Inglaterra, em meados do século XVII, e às vésperas da ofensiva de Cromwell contra as Índias Ocidentais Espanholas. Cromwell soube aproveitar, assim como Cecil na era elisabetana, os serviços dos espiões judeus que conheciam outras línguas e tinham contatos secretos tão valiosos para a eficácia dos ataques.


Antes do final do século XVII, a ação judaica contra a Espanha havia se projetado em três linhas principais:

1. Atividade extensa e muito influente por meio de publicações com fortes características anti-espanholas;

2. Ação no comércio e na espionagem para ajudar inimigos da Espanha na guerra e na diplomacia.;

3. Intensa promoção da mistura anti-Roma com anti-Espanha, para tornar sinônimos ambos os canais de conceito e de ação.

Esta última faceta não foi de modo algum

fundamento especial para isso, e a fusão do ódio aos papistas e o ódio aos espanhóis, na

atmosfera anglo-holandesa, foi altamente atrativa para os judeus.

O próprio Cecil Roth, em sua obra “História dos Marranos” (Capítulo X), comenta abertamente

que os judeus portugueses financiaram a revolta contra o domínio espanhol nos Países Baixos, por ordem do traidor de sua pátria Guilherme de Orange.


Em seu livro “Árvore de Ódio: A Lenda Negra e suas consequéncias nas relações entre EUA e Espanha”, o recém-citado professor Philip

W. Powell escreve: “Ao sair da Espanha, muitos judeus foram para a Itália, os domínios muçulmanos, os Países Baixos, a Alemanha

em que crescia a recepção à propaganda e à

ação antiespanhola. Em seus novos lares, os judeus fizeram com grande dedicação tudo o que estava ao seu alcance para atrapalhar o comércio espanhol, e ajudaram os projetos muçulmanos de vingança pela derrota em Granada. E sua erudição e conhecida

dialética em matérias teológicas foram por vezes colocadas ao serviço da Revolução Protestante, que proporcionou tanta angústia à Felipe II, acrescenta: “Se dermos crédito a Graetz e a outros historiadores judeus, estes tiveram um papel muito mais importante em tudo isto do que os cristãos, por motivos misteriosos, costumam admitir. Era incalculável o número dos mesmbros dessa raça enérgica e bem dotada que se haviam instalado em todos os países da Europa durante os assim chamados Anos Obscuros da Idade Média; foi incalculável o número dos que, assimilados como Católicos sinceros ou passando por pretensos Católicos formaram depois os núcleos da sublevação internacional.

Estavam em todas as partes, em estreita comunicaçao entre si e com os

judeus da Sinagoga. Havia tantos na

Inglaterra e na França, que um escritor judeu do século XVI, frequentemente citado pelos judeus modernos, atribuiu a este fato “a inclinação dos ingleses e franceses pelo protestantismo”[Thomas Walsh, Felipe II, p.269]; cita também Cabrera, historiador de origem marranna que “a maioria dos hereges deste século (XVI) foram israelitas”.


Não existe dúvida, como afirma um historiador judeu, que os primeiros chefes das seitas protestantes foram os chamados semi-judeus ou meio-judeus em todas as partes da Europa. Calvino, como cita Ludovico Pastor, dizia que os que se negassem a abandonar a fé católica romana deviam ser passados à faca (Ludovico Pastor, História do Papado 1910-1941, Gustavo Gili Editor, Barcelona, tomo XV, cap. XLII). Acrescenta o historiador dos papas que “até os médicos judeus e os homens de negócios eram espiões e agentes de propaganda protestante”.


Por último, é preciso mencionar que esta “cruzada” contra a Igreja e os Estados Cristãos não aconteceu nem foi gerada de um dia para o outro. O douto rabino Newman expressa a mesma opinião, dizendo: “As forças que alcançaram seu auge nos séculos XV e XVI foram postas em movimento durante os séculos XI, XII e XIII, e prepararam caminho para as grandes heresias no Cristianismo” (Citação em E. G. Leonard, História do Protestantismo, Ed. 62, Barcelona, 1967, vol. II. Também citado por Maurice Pinay em Complô contra a Igreja, 3 vols., Ediciones Mundo Libre, México, 1985).

E acrescenta: “o papel dos judeus como estimuladores e propagadores de opiniões antieclesiásticas na Idade Média não deve ser subestimado”.

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