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Sábado x Domingo

SÁBADO OU DOMINGO?

Provando o culto dominical a partir da Bíblia e da história cristã.

Para ir direto ao assunto nessa polêmica, vamos usar o Novo Testamento e os escritos da Patrística para provar que o Domingo é a plenitude do antigo sábado judaico, assim como a Lei era a prefiguração da perfeição da Nova Aliança em Cristo. No primeiro dia da semana, tendo-nos reunido a fim de partir do pão, Paulo, que havia de sair no dia seguinte, falava com eles, e prolongou 0 seu discurso até a meia-noite.(Atos 20:7)

«…primeiro dia da semana…» Era o domingo; portanto, um culto em dia de domingo estava tendo início. Esta última alternativa mui provavelmente mostra o que realmente sucedeu. Assim sendo, o dia seguinte, em que Paulo partiu, seria uma segunda-feira pela manhã. Temos aqui uma referência a reuniões dominicais? «…com o fim de partir o pão…»

Esta passagem é interessante e importante, no que tange aos primitivos hábitos dos crentes se reunirem para a sua adoração regular em um primeiro dia de semana. Devemos observar que essa reunião ocorreu em um primeiro dia da semana, ou domingo, e que foi uma reunião formal dos cristãos, para algum propósito, o que fica demonstrado pelo fato de que tiveram a cerimônia do partir do pão, isto é, da Ceia do Senhor. Antes dessa ocasião o apóstolo havia escrito instruções sobre a celebração da Ceia do Senhor ou eucaristia (ver I Cor. 11:17 e s.), pelo que também sabemos que esse rito  já havia sido estabelecido na igreja cristã como uma observância formal, como parte da liturgia do cristianismo. Isso serve, por semelhante modo, de indicação do fato de que o domingo já se tornara um dia importante para os cristãos primitivos, sem dúvida alguma por causa da ressurreição do Senhor Jesus naquele dia.

Também devemos notar que, quando foi escrito o livro de Apocalipse, o domingo era chamado dia do Senhor (“No dia do Senhor (domingo), fui movido pelo Espírito…”. Apoc. 1:10). Essa modificação no dia da adoração—do sábado para o domingo—não ocorreu por qualquer decreto de um concilio; pelo contrário, verificou-se gradualmente, na prática de todos os dias. Pelo início do segundo século de nossa era Inácio, bispo de Antioquia, em sua epístola aos Magnésios, mostra o costume de se reunirem os cristãos regularmente para adorarem em dia de domingo, esse fato estava firmemente estabelecido em toda a parte. “Aqueles que viviam segundo a ordem antiga das coisas voltaram-se para a nova esperança, não mais observando o sábado, mas sim o Dia do Senhor, no qual a nossa vida foi abençoada, por Ele e por sua morte.”(Aos Magnésios 9,1).

A adoração cristã regular, em dia de domingo, é apropriada. Estas são as palavras de A.S. Wood (The New Bible Dictionary, pág. 746) a respeito: “A adoração cristã é essencialmente uma ‘anamesis’ ou ‘memória’ do grande acontecimento da páscoa, que revelou o triunfo do propósito remidor de Deus. Isso explica a nota prevalente de júbilo e louvor. O primeiro dia da semana também é apropriado em face de relembrar 0 dia inicial da criação, quando Deus criou a luz, bem porque o Pentecoste cristão caiu em um domingo. Outrossim, bem pode ter feito parte das expectações da igreja primitiva que a volta de nosso Senhor tivesse lugar em seu próprio dia”.

A primeira indicação bíblica ou outra de que dispomos, no sentido de que os primitivos cristãos se reuniam aos domingos, fica em I Cor. 16:1,2, ainda que esta passagem de Atos (20:7) seja mais explícita no tocante à realização de adorações regulares naquele dia. Nas páginas do N.T. não há qualquer indicação sobre controvérsia acerca do sábado.

Temos também os escritos de Justino Mártir (140 D.C.) em sua Apologia (ii.98), escreveu como segue: ” Aos domingos efetuamos nossa reunião conjunta, pois o primeiro dia é,aquele em que Deus, tendo removido as trevas, fez o mundo, e Jesus Cristo, nosso Salvador, ressuscitou dentre os mortos. “No dia anterior ao sábado, crucificaram-no; no dia depois do sábado, o domingo, tendo aparecido para os seus apóstolos, ele ensinou».”

Podemos observar que o domingo não somente foi destacado como o dia de adoração da igreja primitiva, mas também que a sexta-feira é declarada como o dia da crucificação, contra a opinião de alguns estudiosos modernos, que dão preferência à quarta ou quinta-feira.

Tertuliano (200 D.C.) em sua coron. iii disse: ” No dia do Senhor consideramos errôneo jejuar”. Melito, bispo de Sardes (século II D.C.), escreveu um livro a respeito do Dia do Senhor, de conformidade com Eusébio, o grande primeiro historiador eclesiástico (ver História Eclesiástica iv.26).

São Jerônimo (420D .C), disse: “O dia do Senhor, o dia da ressurreição, o dia dos cristãos, é o nosso dia. É por isso que ele se chama dia do Senhor: pois foi nesse dia que o Senhor subiu vitorioso para junto do Pai.” (CCL, 78,550,52)

Portanto  como podemos ver, “O Dia do Senhor”, após a ressurreição de Cristo era o domingo. O domingo, desde os tempos de Atos dos Apóstolos era considerado como dia de adoração, substituindo o sábado judaico. Não foi a toa que Paulo sempre encontrou resistência dos judaizantes, mas a história cristã é bem clara quanto a essa questão, a tradição dominical remonta ao período apostólico e foi seguida pelos bispos dos períodos posteriores durante toda a história.

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