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UMA DISPUTA ENTRE OS DISCÍPULOS – QUEM É O MAIOR (Lucas 22, 24-27)?! O TESTEMUNHO DO LAVA-PÉS

“Surgiu também entre eles uma discussão: qual deles seria o maior. E Jesus disse-lhes: Os reis dos pagãos dominam como senhores, e os que exercem sobre eles autoridade chamam-se benfeitores. Que não seja assim entre vós; mas o que entre vós é o maior, torne-se como o último; e o que governa seja como o servo. Pois qual é o maior: o que está sentado à mesa ou o que serve? Não é aquele que está sentado à mesa? Todavia, eu estou no meio de vós, como aquele que serve.” (Lucas 22, 24-27).

O PENSAMENTO DOS DISCÍPULOS: JESUS IRÁ RESTAURAR, POLITICAMENTE, O REINO DE DEUS IMEDIATAMENTE!

O Reino de Jesus não está enraizado nas estruturas injustas deste mundo, contudo o Reino está presente de maneira visível na história, no meio de nós, em Jesus, por intermédio da Igreja: o Corpo/Organismo único de Cristo.

Lucas é o único que coloca a discussão no âmbito do CENÁCULO e isso deve justificar o episódio do lava-pés.

Eis a indagação dos discípulos: quando da manifestação do Reino de Cristo, quem teria direito ao melhor lugar ou posto?!

Na realidade de hoje, os discípulos tentavam descobrir de que maneira Jesus estabeleceria seus ministros, qual deles seria o braço direito e o braço esquerdo do Mestre de Nazaré.

Jesus vai buscar um exemplo na realidade de seu tempo para ensinar e catequizar seus discípulos:

“Os reis das nações” = governantes dos povos não judeus (o mundo gentílico).

Tais governantes se fazem de BENFEITORES apenas para serem louvados pelo povo (culto à personalidade), não por uma atitude de compaixão, de serviço ou de amor ao próximo, notadamente quando o maior desce, vai ao encontro do menor para servi-lo. Desta forma, Jesus deixa claro que o Reino de Deus não age entre nós como funciona os reinos deste mundo.

BENFEITOR (“EUERGETÉS”) – título assumido por certos governantes na antiguidade a exemplo de Ptolomeu III no Egito.

Os benfeitores procuram louvores de seus súditos, não descem de seus postos/tronos para servir os mais necessitados da sociedade que governam.

No contexto do ensino de Cristo, O MAIOR É O SERVIDOR DE TODOS – É O MENOR! Os grandes no contexto do Reino de Deus são “poderosos” quando são servos dos irmãos. A “ambição” cristã não deve estar alicerçada nas metas e métodos estabelecidos pelo sistema de morte reinante neste mundo.

O cristão não deve recusar um posto humilde sob nenhum pretexto. O cristão deve seguir o exemplo do Filho de Deus: “Nada façais por espírito de partido ou vanglória, mas que a humildade vos ensine a considerar os outros superiores a vós mesmos. Cada qual tenha em vista não os seus próprios interesses, e sim os dos outros. Dedicai-vos mutuamente a estima que se deve em Cristo Jesus. Sendo ele de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens. E, sendo exteriormente reconhecido como homem, humilhou-se ainda mais, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz.” (Filipenses 2,3-8).

Nos tempos bíblicos, os mais velhos eram considerados os maiores, os mais novos os menores.

O MAIOR DEVE SER O MENOR – O QUE DIRIGE IGUAL AO QUE SERVE.

JESUS É O SENHOR, contudo foi visto entre os homens como O SERVO DE TODOS.

SERVIR (“DIAKONÕN”) = atividade do garçom que serve a todos.

O texto bíblico não está afirmando que se deve começar numa escala menor para galgar posições elevadas ou ministérios dentro da Igreja. Cada um deve se orientar pelo mover do Espírito Santo, pelos dons e ministérios distribuídos pelo “outro Paráclito”.

Jesus ensina que todo ministério – do mais simples ao mais complexo – dever estar A SERVIÇO DO PRÓXIMO E DO EVANGELHO!

A grandeza do servo é exercer seu ministério com humildade e zelo.

Em relação aos apóstolos, a recompensa virá em forma de “DOZE TRONOS”, a partir dos quais irão julgar, reinar, zelar pelas tribos de Israel, cuidar da Igreja do Deus vivo da qual todos nós, em Cristo Jesus, somos membros ou pedras vivas.

Quem é perseverante no sofrimento, na tribulação, no serviço mais simples será grande no Reino de Deus.

Ambições não devem motivar os seguidores de Jesus, mas o serviço a Deus e ao próximo.

O Senhorio de Jesus não se confunde com o senhorio dos governantes deste mundo.

Não se trata de não ter governo, mas de como exercer este governo.

A tarefa do maior no Reino de Deus é sempre servir (Atos 5,6.10).

Jesus não está dizendo que no seu reino todos os cargos e ministérios serão iguais. Longe disso! A Escritura demonstra que Jesus reconhece e aceita uma ARISTOCRACIA dentro do grupo dos Apóstolos. A ARISTOCRACIA PELO SERVIR NA HUMILDADE!

Jesus pede humildade e dá o exemplo: o Rei do Universo se esvazia de seu ambiente de glória, de seu posto celeste para servir: “e o Verbo se fez carne e habitou entre nós…” (João 1,14). Esvaziar não é deixar de ser Deus nem significa dizer que Jesus perdeu seus atributos divinos. Esvaziar significa descer do seu posto, colocar de lado sua majestade e glória para ir ao encontro do menor, do irmão necessitado para servi-lo. É exercitar a compaixão.

Jesus não deixou de ser Deus sequer por um segundo quando se encarnou! O Imutável não pode se tornar mutável. Jesus era detentor de sua natureza divina mesmo quando vivia na terra, em seu estado de humilhação. Jesus nunca deixou de ser uma Pessoa Divina.

O que Jesus fez foi não se apegar à sua condição divina – de FILHO DE DEUS – para fugir de sua missão de servo. Nesse sentido, Jesus nos ensina a humildade. Paulo nos aponta para o exemplo de Cristo Jesus: o maior deve ir ao encontro do menor e até considerá-los superiores a nós mesmos. Reflitamos mais uma vez nas palavras do Apóstolo dos gentios: “Nada façais por espírito de partido ou vanglória, mas que a humildade vos ensine a considerar os outros superiores a vós mesmos. Cada qual tenha em vista não os seus próprios interesses, e sim os dos outros.” (Filipenses 2,3-4).

JESUS É O SERVO DE JAVÉ – Escolha de amor pessoal e obediente do Filho de Deus. O servo difere do escravo – a vontade do escravo não é levada em consideração: do servo sim!

Em relação a Maria, a Escritura também testemunha: ELA É A SERVA DE JAVÉ (cf. Lucas 1,38). Maria sai de sua comodidade para ir ao encontro de Isabel para ajudá-la (cf. Lucas 1,39-45).

A decisão de Maria é respeitada por Deus – Ela é disponível ao chamado e ao serviço por escolha própria!

Jesus dirá: “No meio de vós eu sou como quem serve”.

A exaltação de Jesus era também a exaltação de seus discípulos.

A glorificação é para os perseverantes (Mateus 19,28; I Coríntios 6,2; Apocalipse 21,12-14).

Jesus define seus sofrimentos como “minhas tentações”.

Nos tempos antigos, viver muito com saúde e ser rico materialmente era ser cuidado com carinho por Deus. O pobre e miserável era o amaldiçoado. Assim pensavam, por exemplo, os saduceus.

YHWH escolhendo MARIA rompe com este pensamento: MARIA é descendente de Davi, mas é pobre, não tem bens nem posição social. Deus a salva desta sua condições humilde e a enaltece chamando-a de “SEMPRE CHEIA DE GRAÇA”, de “A MÃE DO MEU SENHOR”, de “A MAIS BENDITA DAS MULHERES!”

Jesus vai denunciar que a pobreza é uma consequência do pecado! Jesus vai dizer que DEUS É PAI-NOSSO para nos ensinar que somos irmãos, membros de Cristo e membros uns dos outros.

Portanto, é pelo serviço a DEUS e ao PRÓXIMO que alguém se torna cristão, discípulo de Jesus, grande no REINO DOS CÉUS!

Que o MAIOR seja o SERVO de TODOS! Desçamos, pois, do nosso posto, da nossa posição para servir, para ir ao encontro do irmão, pois o próximo é também templo vivo da Trindade Santíssima.

“Mas entre vós não será assim. E quem quiser fazer-se grande entre vós será vosso servidor, e quem quiser ser o primeiro dentre vós será o vosso empregado, a exemplo do Filho do Homem que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate pela multidão dos homens.” (Mateus 20,26-28).

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